Redação TN Petróleo/Assessoria CCEE
Levantamento prévio feito pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE mostra um aumento de 10,5% no consumo de eletricidade da primeira quinzena de maio em relação ao mesmo período do ano passado. Nesses quinze dias, foram consumidos 61.418 megawatts médios (MW med) no Sistema Interligado Nacional – SIN.
O dado faz parte do boletim InfoMercado Quinzenal. “A sequência de 10 meses consecutivos de crescimento reafirma a resiliência de setores da economia mesmo diante da manutenção da pandemia de COVID-19”, afirma Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE.
Mais uma vez, o resultado foi influenciado pelo mercado livre, no qual consumidores como indústrias, shoppings e empresas de grande e médio porte podem negociar preços e condições de contratos diretamente com geradoras ou comercializadores. Nesse ambiente, a alta foi de 25,2%, puxada também pela entrada de novas cargas no segmento. Porém, mesmo se desconsideradas as unidades que migraram no último ano, ainda haveria um crescimento relevante, de 19,9%.
No mercado regulado, em que estão pequenas empresas e a grande maioria dos consumidores residenciais, o avanço foi de 4,0%. Se excluíssemos a migração de cargas para o ambiente livre, o crescimento teria sido um pouco maior, de cerca de 6,3%.
Consumo por estado
Na análise regional, Rondônia, Maranhão e Acre foram os únicos estados a registrar quedas, de 10%, 5% e 2%, respectivamente. Os dados ainda são prévios e devem sofrer alterações até o encerramento da contabilização. Os demais encerraram as duas primeiras semanas do mês em alta, com destaque para Santa Catarina (15%), Rio Grande do Sul (14%), Pará (14%), São Paulo (13%), Paraná (13%) e Espírito Santo (13%).
Consumo por ramos de atividade
Ao avaliar o consumo nos 15 ramos de atividade econômica monitorados pela CCEE, mesmo excluindo as novas cargas dos últimos 12 meses, apenas o setor de Telecomunicações registrou uma pequena queda, de 0,4%. Todos os outros encerraram a primeira quinzena com alta, com destaque para a produção de veículos (84,0%), seguida por têxteis (79,6%), serviços (37,8%), manufatura (28,7%), minerais (26,6%), transporte (20,7%), metalurgia (19,5%) e químicos (13,5%).
Geração de energia
Acompanhando o consumo, a geração cresceu 10,8% nas duas primeiras semanas de maio, na comparação com o mesmo período do ano passado, ofertando ao SIN 65.200 MW med. O estado do Pará foi o que mais contribuiu com o aumento, entregando ao sistema 13.098 MW med, seguido por São Paulo (11.976 MW med), Rondônia (6.117 MW med), Minas Gerais (5.224 MW med) e Bahia (4.477 MW med).
Ao analisar a geração por fonte, houve crescimento em todas elas. As usinas hidrelétricas, principal matriz energética do Brasil, registraram alta de 6,5% (46.131 MW med) em relação aos primeiros 15 dias de maio do ano passado. As usinas térmicas tiveram aumento de 26,3% (11.798 MW med), os parques eólicos de 19,2% (6.581) e as fazendas solares, como são conhecidas as usinas fotovoltaicas, de 1,9% (690 MW med).
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