A consolidação do Estado do Rio de Janeiro na indústria naval foi apresentada durante a Navalshore, que acontece de hoje a sexta-feira, no Centro de Convenções SulAmérica. O diretor de Política Industrial e Novos Negócios da Companhia de Desenvolvimento Industrial (Codin), Alexandre Gurgel, participou da abertura oficial do evento ontem (1). Gurgel mostrou que o Rio é reconhecido como berço da indústria naval brasileira, já que concentra a maior parte das atividades desse setor ao longo da história.
A proximidade com a Bacia de Campos, a existência da mão de obra especializada e a formação da cadeia produtiva do setor consolidaram essa posição do Estado.
- O Rio de Janeiro responde hoje por 60% do processamento de aço do Brasil, detém 62% da mão de obra nacional do setor e concentra 22 dos 25 estaleiros mais importantes do país – explicou Gurgel.
O diretor falou ainda sobre a análise em andamento para instalação do condomínio industrial no entorno da Baía de Guanabara, para criação do polo de navipeças, que vai incentivar a atração de empresas fornecedoras de equipamentos para estaleiros. Além disso, também abordou o interesse do Rio na busca por estaleiros de reparo.
- As empresas precisam cada vez mais buscar conteúdo local e o Estado do Rio é grande candidato a oferecer soluções para reparo naval – afirmou o diretor da Codin.
Durante o evento, Gurgel entregou ao coordenador do grupo de dragagem do Sinaval, Jorge Faria, a carta enviada pelo governador Sérgio Cabral ao ministro dos Portos, Leônidas Cristino, solicitando a dragagem da parte Leste da Baía de Guanabara. O documento tem como objetivo ampliar o potencial dessa região, já que pelo menos 15 dos 22 estaleiros instalados no Rio de Janeiro estão situados ao longo da Baía.