Opinião

Consequências da crise do setor elétrico serão sentidas por uma década

Afirmação é do vice-presidente da Abraceel, Paulo Tavares.

Ascom Abesco
23/07/2014 14:04
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Para o vice-presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Paulo Cesar Tavares, o setor elétrico vive hoje duas crises. A primeira diz respeito ao suprimento em que os reservatórios estão em níveis críticos nunca antes verificados para o período configurando uma conjuntura de alto risco energético. E a outra de cunho econômico financeiro que teve início em 2012 com a medida provisória 579.
“O que vemos hoje é a maior explosão de preços e os caixas das distribuidoras estão quebrados. Se somar todos os subsídios dados em 2013 com os subsídios e custos das distribuidoras em 2014 os gastos chegam a aproximadamente R$ 56 bilhões. Sendo que cerca de R$ 35,5 bi das distribuidoras vão ser repassados para os consumidores em forma de tarifa e os outros R$ 21 bi serão pagos pelos contribuintes em forma de impostos”, explicou Tavares durante palestra no 11º Congresso Brasileiro de Eficiência Energética (COBEE), nesta segunda-feira (21), em São Paulo.
Para Tavares, o transparente seria que todos esses gastos fossem repassados na conta de energia, pois a ação passaria o sinal econômico correto, de que é necessário economizar e promover o uso racional. “Para ter uma ideia, o Plano Nacional de Eficiência Energética (PEE) é de R$ 400 milhões. Quer dizer, 100 PEEs representam aproximadamente R$ 40 bilhões, ou seja, seria necessário um século e meio de Planos de Eficiência Energética para chegar no valor gasto até agora com a crise. É preciso no mínimo uma década para amortizar tudo”.
O problema afeta diretamente as indústrias que são responsáveis pela geração de emprego e renda, uma vez que o mercado livre não recebeu nenhum tipo de benefício. “Em termos de preço, estamos vivendo uma situação como se já tivesse um racionamento de energia”, complementa Tavares.
Para o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), Rodrigo Aguiar, a desestruturação do setor elétrico, seja na geração, transmissão e distribuição é muito clara. “Independente de quem seja o próximo governo será necessário usar novas ferramentas para destravar a situação que o setor elétrico se encontra hoje. E ao longo do Congresso ficou óbvio que a eficiência energética é uma dessas ferramentas, seja porque o custo de geração é mais barato ou porque reduz a carga do sistema elétrico e isso garante a possibilidade de redução do custo da energia”, finaliza.
O 11º Congresso Brasileiro de Eficiência Energética (COBEE) e ExpoEficiência aconteceram nos dias 21 e 22, no Centro de Convenções Frei Caneca, das 8h30 às 18h.

Para o vice-presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Paulo Cesar Tavares, o setor elétrico vive hoje duas crises. A primeira diz respeito ao suprimento em que os reservatórios estão em níveis críticos nunca antes verificados para o período configurando uma conjuntura de alto risco energético. E a outra de cunho econômico financeiro que teve início em 2012 com a medida provisória 579.

“O que vemos hoje é a maior explosão de preços e os caixas das distribuidoras estão quebrados. Se somar todos os subsídios dados em 2013 com os subsídios e custos das distribuidoras em 2014 os gastos chegam a aproximadamente R$ 56 bilhões. Sendo que cerca de R$ 35,5 bi das distribuidoras vão ser repassados para os consumidores em forma de tarifa e os outros R$ 21 bi serão pagos pelos contribuintes em forma de impostos”, explicou Tavares durante palestra no 11º Congresso Brasileiro de Eficiência Energética (COBEE), nesta segunda-feira (21), em São Paulo.

Para Tavares, o transparente seria que todos esses gastos fossem repassados na conta de energia, pois a ação passaria o sinal econômico correto, de que é necessário economizar e promover o uso racional. “Para ter uma ideia, o Plano Nacional de Eficiência Energética (PEE) é de R$ 400 milhões. Quer dizer, 100 PEEs representam aproximadamente R$ 40 bilhões, ou seja, seria necessário um século e meio de Planos de Eficiência Energética para chegar no valor gasto até agora com a crise. É preciso no mínimo uma década para amortizar tudo”.

O problema afeta diretamente as indústrias que são responsáveis pela geração de emprego e renda, uma vez que o mercado livre não recebeu nenhum tipo de benefício. “Em termos de preço, estamos vivendo uma situação como se já tivesse um racionamento de energia”, complementa Tavares.

Para o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), Rodrigo Aguiar, a desestruturação do setor elétrico, seja na geração, transmissão e distribuição é muito clara. “Independente de quem seja o próximo governo será necessário usar novas ferramentas para destravar a situação que o setor elétrico se encontra hoje. E ao longo do Congresso ficou óbvio que a eficiência energética é uma dessas ferramentas, seja porque o custo de geração é mais barato ou porque reduz a carga do sistema elétrico e isso garante a possibilidade de redução do custo da energia”, finaliza.

O 11º Congresso Brasileiro de Eficiência Energética (COBEE) e ExpoEficiência aconteceram nos dias 21 e 22, no Centro de Convenções Frei Caneca, das 8h30 às 18h.

 

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