Campos Maduros

Conselho de Petróleo e Gás debate papel das produtoras independentes nos campos maduros

Encontro teve a participação de associados da ABPIP e de executivos da Mandacaru, PRio e Perenco

Redação TN Petróleo/Assessoria Firjan
09/11/2023 09:48
Conselho de Petróleo e Gás debate papel das produtoras independentes nos campos maduros Imagem: Divulgação Visualizações: 2515

Reunião especial do Conselho Empresarial de Petróleo e Gás da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) recebeu a Associação Brasileira dos Produtores Independentes de P&G (ABPIP) e seus associados, na Casa Firjan, em 07/11. A maior aproximação da instituição com a Firjan foi ressaltada pela agenda comum de aproveitamento do gás natural e maior produção nos campos maduros de petróleo, grande parte desenvolvida por produtores independentes.

“Todos temos interesse nas mudanças energéticas para sobrevivência do planeta. Mas do dia para a noite não há como mudar de matriz, sem nos esquecermos de que temos ainda uma gigantesca produção de petróleo e gás. Vocês aceitaram bem o desafio de produzir em campos maduros. Uma agenda importante no Rio é o aproveitamento do gás natural. O Brasil importa 100% do metanol e 80% dos derivados petroquímicos que usa. Já fomos independentes no passado e precisamos voltar a ser. A dinâmica de hoje vai tornar mais forte nossa voz para sermos ouvidos”, declarou Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, que esteve na reunião acompanhado de Luiz Césio Caetano, vice-presidente da federação.

Já Márcio Felix Carvalho Bezerra, presidente da ABPIP, elogiou a parceria com a Firjan e anunciou que a Associação abriu um escritório no Rio de Janeiro: “Nesse momento novo, de transição energética, o uso do petróleo da indústria petroquímica vem crescendo e o dos transportes se mantém. Tem havido maior participação de independentes, que atuam no onshore e também no offshore. Este ambiente convidativo de inovação da Casa Firjan ajuda a oxigenar as ideias de como os produtores independentes vão enfrentar essa transição”.

O Diagnóstico de Comércio Exterior do Estado do Rio de Janeiro, elaborado pela Firjan e apresentado esta semana, foi o ponto de partida da análise de Cynthia Santana Silveira, presidente do Conselho. “A balança comercial do estado soma US$ 70 bilhões este ano, enquanto a do Brasil é de R$ 600 bi. Dos US$ 45 bi que o Rio exporta, 78% são petróleo e gás natural. Já em relação aos produtos manufaturados, o percentual fluminense cai. Temos que trabalhar nesse nicho, junto com a ABPIP, para aumentar a força do nosso segmento na cadeia produtiva do petróleo”, relatou Cynthia, citando que as operadoras Independentes nos poços maduros ainda são uma novidade no Brasil.

 Construção de futuros possíveis para as operadoras independentes

Palestra de Magda Chambriard, vice-presidente do Conselho, tratou justamente da construção de futuros possíveis para as operadoras independentes. Investimentos, regulação e mercado foram a tônica da apresentação. “É preciso ter continuidade das políticas públicas. A produção de petróleo é crescente e o Brasil está no Top 10 dos produtores. Por outro lado, a Bacia de Campos está em declínio acentuado, o que é possível reverter. Temos 9 bilhões de barris a recuperar. As empresas independentes são importantes nessa função e precisam ser acolhidas pela sociedade pelo benefício que trazem para todo seu entorno”.

Magda destacou que o regime regulatório brasileiro e o licenciamento ambiental precisam estar adequados a portes diferentes de empresas e que a comercialização no país deve ter mais vantagens que a exportação. Ela citou exemplos da Perenco, da Trident e da PRio e cobrou incentivos para que as empresas tenham oportunidades de permanecer construindo portfólios fortes em um futuro possível.

Executivos da Mandacaru, PRio e Perenco – Clarindo Caetano, Emiliano Fernandes e Leonardo Caldas, respectivamente – contaram sobre o desenvolvimento de suas empresas independentes e reforçaram os pleitos levantados por Magda Chambriard. A PRio, antiga PetroRio, já está utilizando uma prática internacional, o tieback, que prevê a sinergia de uma plataforma para dois campos de petróleo, otimizando os custos. As empresas citaram também a formação de mão de obra especializada e a preferência pela indústria nacional.

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