Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu 1,1 ponto. Com a queda, o indicador fica em 48,8 pontos, na zona de falta de confiança, e bem abaixo da média história de 54,2 pontos
Redação TN Petróleo, Agência CNI de NotíciasO Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu 1,1 ponto, de 49,9 pontos para 48,8 pontos, entre março e abril deste ano. A pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que, com a queda, o indicador fica ainda mais distante da linha divisória de 50 pontos, marca que indica que os empresários da indústria demonstram falta de confiança mais intensa e disseminada. Foram entrevistados 1.548 empresários, entre 3 e 11 de abril.
Na avaliação da economista da CNI Cláudia Perdigão (foto), o resultado espelha o pessimismo dos empresários sobre as condições atuais, que caiu para o pior nível de todo o período pós-pandemia.
“A indústria está em compasso de espera, com queda da demanda, provocada pela alta dos juros e o alto grau de inadimplência e de endividamento das famílias”, explica Cláudia.
Segundo ela, ainda que se espere o início da queda da taxa básica de juros no segundo semestre, a Selic vai cumprir um papel restritivo adicional sobre o ritmo de produção industrial durante todo o ano. Esse fato resultará em menor flexibilidade do ambiente de crédito e em maior dificuldade em se obter financiamentos, tanto para as empresas quanto para as pessoas físicas.
O Índice de Condições Atuais recuou 1,7 ponto, para 42,5 pontos. Ao cair para mais abaixo da linha divisória de 50 pontos, o índice demonstra uma percepção de piora mais forte e disseminada da indústria sobre as condições atuais da economia brasileira e das empresas. A avaliação das condições atuais é a mais negativa desde julho de 2020, período em que o setor industrial brasileiro ainda sofria com a parada da economia por conta da pandemia de covid-19.
O Índice de Expectativas também caiu, recuando 0,8 ponto, para 51,9 pontos. Ao permanecer acima da linha divisória dos 50 pontos, o indicador segue demonstrando otimismo do setor industrial com relação aos próximos seis meses. O otimismo do empresário industrial, no entanto, está restrito à sua própria empresa, enquanto as expectativas sobre a economia brasileira seguem negativas.
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