Jornal do Commercio/RJ
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou ontem que a estatal vai exigir a participação de parceiros na primeira fase do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). No mercado, circulam informações de que a estatal poderá ficar sozinha na construção da unidade que será responsável pela produção da primeira geração de petroquímicos, com o apoio apenas do BNDESPar.
"Estamos discutindo com vários sócios participações diferenciadas na segunda geração e vamos exigir deles uma certa participação na unidade de primeira geração", disse. O executivo rechaçou a ideia de que a queda do preço do petróleo no mercado internacional possa resultar em perda de competitividade do projeto, que prevê a produção de petroquímicos de segunda geração a partir do óleo pesado, sem a necessidade de produção da nafta em uma fase intermediária.
"O problema do Comperj não está relacionado com o preço do petróleo. O problema está relacionado ao volume do investimento necessário para a construção da unidade de primeira geração, que é muito grande, com um valor adicionado relativamente pequeno comparado à segunda geração", reconheceu. "A competitividade não tem a ver com o preço do petróleo, e sim com a necessidade do investimento", acrescentou.
Questionado sobre a possibilidade de os parceiros privados não se interessarem em participar da primeira geração, Gabrielli respondeu que, se eles quiserem investir apenas na segunda geração, terão de "pagar uma diferença para isso". A Petrobras estima que os investimentos totais para a construção de todo o complexo petroquímico fique em aproximadamente US$ 8,5 bilhões.
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