<P>A missão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, segundo o seu presidente, Luciano Coutinho, é árdua. Ele aproveitou a primeira reunião do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) na América Latina, que se realiza no Rio, para pedir apoio da comunida...
DCIA missão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, segundo o seu presidente, Luciano Coutinho, é árdua. Ele aproveitou a primeira reunião do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) na América Latina, que se realiza no Rio, para pedir apoio da comunidade financeira internacional para financiar o crescimento da economia brasileira.
Falando a alguns dos mais expressivos banqueiros internacionais e nacionais, Coutinho disse que o BNDES não está apto a fazer todo esse trabalho sozinho, embora vá fazer uma grande parte. Ele espera que o setor privado no Brasil venha ajudar.
De acordo com Coutinho, a economia brasileira está no início de um longo ciclo de crescimento e pode crescer a taxas entre 5% e 5,5% nos próximos anos, tornando-se, de certa forma e proporcionalmente, uma das locomotivas da economia mundial.
Coutinho ressaltou que o Brasil está em condições de crescer de uma forma relativamente autônoma, baseado no mercado interno, além de, como exportador, ter atuação em todo o mundo (global trader), não tendo os seus produtos concentrados na economia dos Estados Unidos.
Para o BNDES, o Brasil pode ajudar a mitigar alguns dos efeitos da crise da economia americana na América do Sul, já que a profunda integração da economia brasileira com a América do Sul é importante para sustentar a economia global.Os dados do BNDES mostram que a expansão da formação bruta sobre capital fixo (FBCF, na medida de investimentos), é a chave para a economia brasileira.
Ele comentou que o crescimento da FBCF tem sido de 14% ao ano, o que é bem maior do que a velocidade de aumento do Produto Interno Bruto (PIB).
A previsão para o Brasil é que esse tipo de investimento crescerá de 12% a 13% nos próximos três anos, enquanto o crescimento do investimento em infra-estrutura será de cerca de 10% ao ano.
A questão é que um ritmo de 10% para a expansão da infra-estrutura é muito, e exigiria um estoque de capital que o BNDES não tem como formar a tempo hábil na necessidade dos empreendimentos.
E isso levará o banco a buscar capital no exterior.
A questão é quanto e quando vai encontrar uma janela de oportunidade para uma captação de envergadura.
No mais, o banco de fomento vai colher os rendimentos, baseados na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) dos bilhões de empréstimos feitos ao longo do ano passado que Coutinho julga ser o primeiro ano de uma nova fase de expansão contínua da economia nacional, de forma diversificada.
Ele não vê um crescimento baseado apenas em commodities, mas sim no novo boom na construção civil.
Fonte: DCI
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