Combustíveis

Como as indústrias podem diminuir o valor do frete frente à alta do combustível

Alexandre Sousa, diretor de marketing na Everlog, diz que indústria não deve repassar aos seus clientes os constantes aumentos no valor do frete e que a tecnologia pode auxiliar nesse processo

Redação TN Petróleo/Assessoria
20/04/2022 07:14
Como as indústrias podem diminuir o valor do frete frente à alta do combustível Imagem: Divulgação Visualizações: 1724

Com a recente crise entre Rússia e Ucrânia, os preços dispararam no Brasil, cenário ocasionado especialmente pela alta dos combustíveis. O efeito cadeia produzido afeta vários ramos da sociedade, do fabricante ao consumidor, de insumos a serviços.

Com o atual cenário, o diesel acumulou alta de 68%, refletindo no preço do frete, que atingiu alta de 29%, conforme informa a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

No setor industrial, todo esse movimento também traz uma série de problemas, especialmente no que diz respeito ao transporte de cargas Brasil afora. Os reajustes, sendo repassados aos consumidores, podem causar impactos na competitividade da empresa e, por isso, a reinvenção terá que ser a ordem do momento, segundo os especialistas do setor de transportes.

“Custos não existem para serem calculados, mas reduzidos”, diz Alexandre Gonçalves Sousa, diretor de vendas e marketing da Everlog, startup que desenvolve soluções para gestão de logística e transporte e que ajuda embarcadores na redução de custos das operações de frete a partir da tecnologia.

O especialista reforça que existem formas de manter a competitividade nas operações reduzindo os custos da operação. Entre elas estão as boas negociações na hora de fechar parcerias com empresas de transporte e logística e o uso de tecnologias para isso, pois elas permitem a melhor escolha na hora de negociar os valores do frete.

Atualmente, existem plataformas tecnológicas que permitam ao embarcador realizar cotações de frete, comparando modalidades como peso, valor, quilometragem, adicionais e taxas, tabelas de preço ou simplesmente reajustes nas tabelas vigentes. Com foco nos resultados e não no processo, a simulação é feita com simplicidade e leva a uma tomada de decisão mais acertada, sempre focada na redução de custos.

Outro ponto em que a tecnologia auxilia na economia a partir da conectividade é tanto para evitar quanto para identificar veículos com cargas ociosas. Muitas vezes o preço do frete é calculado incluindo os trajetos de ida e volta (que o caminhão volta vazio) e com sistemas adequados é possível identificar esses veículos ociosos e negociar fretes bem mais em conta.

Partindo para a gestão, Alexandre Sousa também ressalta a importância da negociação de prazos para a redução de custos. Quanto mais urgente, mais caro sai o frete. Com o uso de Business Intelligence, é possível cruzar dados e ter um panorama mais preciso das demandas e, assim, montar operações muito mais assertivas, inclusive mapeando a gestão da entrega de ponta a ponta.

Ainda, e não menos importante, a auditoria de frete também tem que ser automatizada. Uma plataforma compartilhada de auditoria e conferência de fretes garante o compliance dos pagamentos de frete ao mesmo tempo que resolve problemas de prazos de pagamentos e controla melhor os custos com transporte.

Dessa maneira, todas as informações ficam centralizadas, permitindo uma visibilidade operacional que evita maiores problemas, como atraso de entregas, automatizando a gestão e deixando o gestor com mais “cabeça” para a tomada de decisões, focando na gestão dos custos de transporte.

Cerca de 8% do petróleo brasileiro vem da Rússia, além de 62% dos fertilizantes, sem contar os 20% de polímeros e 22% de produtos semiacabados em ferros e aços vindos da Ucrânia, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), do Ministério da Economia. “Infelizmente o cenário não parece ter uma melhora nos próximos meses, e como esse é um cenário global, repassar custos aos clientes é quase como pedir falência. Com uma gestão tecnológica, é possível sim encontrar novos caminhos”, reforça Alexandre Sousa.

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