O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, lidera comitiva da companhia que iniciou, nesta segunda-feira (4), visita de quatro dias ao Japão. No último dia 1º de abril, a Petrobras concluiu a operação de compra da refinaria Nansei Sekiyu, localizada em Okinawa, em parceria co
Agência PetrobrasO presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, lidera comitiva da companhia que iniciou, nesta segunda-feira (4), visita de quatro dias ao Japão. No último dia 1º de abril, a Petrobras concluiu a operação de compra da refinaria Nansei Sekiyu, localizada em Okinawa, em parceria com a japonesa Sumitomo. Além da visita à refinaria, prevista para amanhã, a agenda inclui reuniões com autoridades governamentais e importantes grupos empresariais japoneses, alguns dos quais já mantêm parcerias com a Petrobras.
Gabrielli e os diretores Almir Barbassa (Financeiro e de Relações com Investidores), Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Jorge Zelada (Internacional) se reuniram hoje, em Tóquio, com o ministro de Economia, Comércio e Indústria do Japão, Akira Amari. Durante o encontro, o presidente da Petrobras ressaltou que, com a compra da refinaria, a companhia posiciona-se como investidora no mercado japonês, participando da cadeia de combustíveis daquele país, desde a produção de derivados de petróleo até a importação de etanol.
O presidente sugeriu ao ministro que o governo japonês apóie empresas de seu país interessadas em instalar-se no Brasil com vistas a atender à crescente demanda por suprimentos para a indústria brasileira de petróleo e gás. Citou, como exemplos, as áreas de mecânica pesada, metalurgia e construção naval, entre outras.
O ministro Akira Amari manifestou a satisfação do governo japonês com a nova posição da Petrobras no Japão e expressou a vontade das autoridades de ampliar o uso do etanol, revelando, porém, a preocupação com os aspectos ambientais do cultivo da cana-de-açúcar e seu impacto sobre a produção de alimentos.
De olho no mercado do Leste Asiático
Em entrevista coletiva concedida hoje, em Tóquio, o presidente destacou que a refinaria de Okinawa representa um importante passo na estratégia da companhia de ampliar sua presença no mercado de derivados de petróleo, e também de etanol, no Leste da Ásia. Com capacidade para processar até 100 mil barris de óleo leve por dia, a Nansei Sekiyu processa, atualmente, cerca de 35 mil barris. A Petrobras pretende aumentar gradativamente a produção até a carga máxima, visando, além do mercado japonês, chegar a Cingapura, Vietnã e Malásia, entre outros.
“Temos uma grande operação comercial a partir dos nossos escritórios em Cingapura e Pequim”, lembrou Gabrielli. “Nosso escritório em Tóquio é de representação financeira, mas agora, com a refinaria Nansei, vamos ampliar nossa presença produtiva no setor de petróleo e combustíveis no Japão e no Leste Asiático”, disse.
Gabrielli afirmou que a Petrobras avalia o uso de petróleo pesado na refinaria. “Estamos estudando a possibilidade de crescer a capacidade de refino e permitir o processamento de petróleo pesado nessa unidade”, comentou. O presidente falou também sobre projetos de exportação de etanol para o mercado japonês, lembrando que, no final de 2005, a Petrobras, em parceria com a estatal japonesa Nippon Alcohol Hanbai KK, criou a Brazil-Japan Ethanol, com o objetivo de introduzir o etanol brasileiro no mercado japonês.
Amanhã (8), em Okinawa, a comitiva da Petrobras visitará a refinaria Nansei Sekiyu e se encontrará com o governador de Okinawa, Nakaima Hirozaku, e o prefeito de Nishihara (município onde está localizada a refinaria), Arakaki Seiyu. A Nansei Sekiyu tem como sócios a Petrobras (com 87,5% de participação) e a Sumitomo (com 12,5%). Além da unidade de refino, possui um terminal de petróleo e derivados para armazenamento de 9,6 milhões de barris, três piers com potencial para receber navios de produtos de até 97.000 toneladas e uma monobóia para navios de até 280.000 toneladas.
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