Redação TN Petróleo/Assessoria Firjan
O 4º Seminário Nacional do GNV marcou a criação formal do Comitê Nacional do GNV, que se estabelece como um fórum permanente de discussão do mercado de gás natural veicular. O crescimento de 64% da frota GNV no país também foi destaque. “O comitê está formado pelas organizações com maior representatividade da indústria do gás e tem o propósito de fortalecer a atuação desses agentes junto ao poder público, à sociedade civil organizada e ao público em geral. Os idealizadores estão imbuídos no espírito de desenvolver o ambiente de negócios do GNV”, destacou Luiz Césio Caetano, presidente em exercício da Firjan.
O Comitê é formado pela Firjan, SENAI, Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Rio de Janeiro (Sindirepa), Associação Brasileira do Biogás (ABiogás) e Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP). Katia Repsold, presidente da Naturgy, salientou que estão sendo abertos 40 postos por ano de GNV no estado. Ela criticou o alto preço do combustível. “O gás que está sendo ofertado ainda é muito caro, está a preço internacional e somos um país produtor. Temos que buscar uma redução no preço para desenvolver mais o segmento”.
Com o alto preço, principalmente, da gasolina, a instalação de Kit-GNV no país cresceu 64% no Brasil e 70% no estado do Rio no primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2020, segundo estudo da Firjan, feito a pedido do Sindirepa. Somente este ano, a gasolina teve mais de 15 reajustes e acumula alta de superior a 60% nas refinarias. “No Brasil, para cada real gasto com GNV, o motorista roda duas vezes mais em comparação à gasolina e ao etanol. No Rio, essa relação é de 2,5 vezes e o estado lidera com 75% do total de veículos a GNV”, comparou Fernando Montera, coordenador de Conteúdo de Petróleo, Gás e Naval na Firjan.
O seminário realizado pelo Sindirepa com apoio da federação, em 25/10, na Casa Firjan, discutiu “GNV: retomada econômica e sustentável para o setor de mobilidade”. Celso Mattos, vice-presidente da federação e presidente do sindicato, alerta que há um prazo até 15/12 para que o dono do veículo faça a conversão e aproveite o desconto no IPVA: “Esta é a data limite, depois disso é preciso levar o documento ao Detran e solicitar o desconto. O GNV no Rio é um caso de sucesso não somente pelo desconto do IPVA, que o torna mais atrativo, mas há ainda a redução de níveis poluentes para a sociedade”.
Heloisa Borges, diretora de Estudos de Petróleo e Gás Natural na Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ressaltou que o GNV reduz as emissões de gases de efeito estufa e materiais particulados que fazem mal à saúde na comparação com o diesel e a gasolina. A EPE está estimulando o uso de gás natural em veículos pesados como caminhões e ônibus.
Para ajudar na redução do preço dos combustíveis, Gabriel Kropsch, vice-presidente da ABiogás, acredita que é preciso construir o mercado livre. “Mas ele só vai existir se a gente tiver opção. É preciso que haja mais empresas ofertantes de gás para termos preços mais acessíveis. O GNV é mais barato cerca de 50% em relação aos outros combustíveis tradicionais”, pontuou Kropsch.
O seminário contou ainda com a participação de Sandro de Alencar, especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental do Ministério da Economia, e Cesar Oliveira, adido cultural da Casa Civil do Governo do Rio Grande do Sul.
Para assistir ao seminário, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=AmyQSNTnoOQ
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