<P>A Ahipar (Administração da Hidrovia do Paraguai) participou de duas importantes reuniões em Brasília para tratar de temas relacionados ao transporte fluvial na via internacional. Presentes os países signatários do CIH (Comitê Intergovernamental da Hidrovia): Brasil, Paraguai, Bolívia, Arg...
Midiamax - MGA Ahipar (Administração da Hidrovia do Paraguai) participou de duas importantes reuniões em Brasília para tratar de temas relacionados ao transporte fluvial na via internacional. Presentes os países signatários do CIH (Comitê Intergovernamental da Hidrovia): Brasil, Paraguai, Bolívia, Argentina e Uruguai.
Na reunião da CCT (Comissão de Coordenação Técnica) do CIH, a Ahipar defendeu a melhoria da navegação no Canal Tamengo, em trecho brasileiro, para garantir um incremento nas exportações da Bolívia pela hidrovia. O canal, que deságua no Rio Paraguai, é o único acesso fluvial do vizinho pais ao mar.
Representando o órgão na 16ª reunião da CCT, coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores, o chefe do núcleo de obras e melhoramentos, engenheiro Samuel Van der Laan, ponderou que a proposta da Bolívia de dragar e retirar alguns obstáculos no canal requer uma solução e uma atenção especial.
A reivindicação da Bolívia deve ser respeitada e discutida com seriedade pelo Brasil e demais países que integram a hidrovia, disse Samuel Van der Laan, que ocupa também o cargo de superintendente-substituto da Ahipar. O Tamengo é a única saída da Bolívia para o mar e esse direito tem que ser respeitado, disse.
Viabilidade
O engenheiro observou que existem tecnologias que permitem retirar pedras do fundo do canal, uma das reivindicações da Bolívia, sem causar danos ambientais, cuja viabilidade técnica deve ser tratada e definida pelos países que integram o CIH. Ressaltou, contudo, que o canal não terá as mesmas dimensões (largura e calado) do Rio Paraguai.
A questão do Tamengo vem sendo discutida há vários anos e, recentemente, a Ahipar sediou um encontro com a delegação boliviana, coordenado pelo Ministério das Relações Exteriores. A Bolívia também quer revisão nos estudos relativos à vazão no Canal Tuiuiú, que abastece a Lagoa Cáceres e o Tamengo.
O segundo encontro em Brasília foi da comissão do acordo da hidrovia, estabelecido em 1998 pelos cinco países. A 32ª reunião do grupo discutiu temas comuns da hidrovia, como uma política de comunicação na via e a realização de seminários internacionais sobre questões ambientais, sociais e melhoramentos.
Outro tema foi a adequação das regras de navegação da Marpol (Convenção Internacional para a Prevenção de Poluição por Navios) para a hidrovia quanto à segurança, regularização dos tratados e harmonização das cartas eletrônicas. Presentes a Marinha, Receita Federal e os ministérios do Meio Ambiente e dos Transportes.
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