Jornal do Commercio
O diretor vice-presidente e de Mercado de Grandes Consumidores, GNV e Suprimento de Gás da Comgás, Sérgio Luiz da Silva, afirmou que a companhia mantém agenda de negociação com a Petrobras para a contratação de oferta adicional de gás natural para o atendimento da demanda no médio prazo. Antes da crise, a empresa tinha em carteira demanda adicional pelo insumo de diversos segmentos industriais que somava 3,5 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d) a partir de 2011.
“Com a crise, vemos na mídia que os planos para investimentos estão em reavaliação pelas empresas. Apesar disso, mantemos agenda de negociação com a Petrobras para que estejamos preparados para atender a demanda futura do mercado”, explicou o executivo, reforçando que a queda dos preços do insumo recoloca o gás natural como produto competitivo para o setor industrial.
Para o curto prazo, porém, o executivo disse que a companhia reviu a estratégia de contratação de novos volumes de gás em função da crise. “Em setembro de 2008, quase assinamos com a Petrobras a compra de volume adicional de 400 mil m3/d para os três últimos meses do ano”, disse o executivo.
A Comgás tem contratados 13,9 milhões de m3/d, entre gás nacional e boliviano. Segundo o executivo, esse volume é suficiente para atender a demanda do mercado neste ano. “Em princípio, esse volume é suficiente para 2010, mas isso vai depender do comportamento da economia ao longo dos próximos meses”, disse.
Luiz da Silva disse que o mercado está nova fase. Além dos preços mais baixos, puxados pela queda da cotação do barril do petróleo, novos projetos de produção de gás da Petrobras estão entrando em operação nos próximos meses, como campo de Mexilhão, na Bacia de Santos.
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