Infraestrutura

Com preço em alta, aumenta ritmo de geração nas usinas de biomassa

Usinas ampliaram em 35% sua geração de eletricidade em 2013.

Valor Econômico
08/04/2014 14:41
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Impulsionadas pelo elevado preço da energia no mercado livre, as usinas de biomassa ampliaram em 35% sua geração de eletricidade em 2013, com aumento de 21% na capacidade instalada.
Os números fazem parte de levantamento realizado pela Safira Energia a pedido do Valor, que mostra que a capacidade instalada do segmento passou de 7.342 megawatts (MW) em 2012 para 8.870 MW em 2013, e geração subiu de 1.445 para 1.946 megawatts médios. No mesmo período, o aumento médio na geração de energia, considerando todos os tipos de usinas, foi bem mais modesto, de 3%.
Para o gerente de regulação da Safira Energia, Fábio Cuberos, o crescimento da geração de energia nas usinas de biomassa em ritmo superior à expansão da capacidade instalada indica que os proprietários dessas unidades estão aproveitando o momento de preços elevados no mercado livre para gerar mais e, assim, obter lucros adicionais. No sistema Sudeste/Centro-Oeste, que responde pela maior parte da geração de eletricidade no Brasil, o preço médio da energia saltou de R$ 23,14 megawatts-hora (MWh) em janeiro de 2012 para R$ 290,72 MWh em dezembro de 2013 e, desde fevereiro deste ano, tem se mantido no valor máximo permitido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de R$ 822,83.
Com a antecipação da colheita de cana-de-açúcar, diz Cuberos, os usineiros iniciaram antes do previsto a produção de açúcar e álcool e a geração de energia. As usinas de biomassa utilizam como matéria-prima o bagaço da cana.
Uma possível quebra na safra de cana-de-açúcar, que poderia afetar a geração de energia nessas usinas, teria pouco impacto sobre os preços da energia no mercado livre, na avaliação de Cuberos. O estudo desenvolvido pela Safira junto aos usineiros aponta expectativa de queda entre 10% e 15% na safra de cana-de-açúcar neste ano, em decorrência da estiagem.
Entretanto, diz Cuberos, pode haver uma compensação no fornecimento de bagaço de cana entre as usinas. "Os usineiros trabalham com a possibilidade de comprar bagaço das usinas de açúcar e etanol que não produzem energia e de utilizar palha na geração de eletricidade, caso falte matéria-prima."
Com o bagaço de cana-de-açúcar sendo negociado atualmente entre R$ 100 e R$ 120 por tonelada, o custo de produção de energia nas usinas de biomassa gira em torno de R$ 400 por MWh, pelas contas do gerente da Safira. "Como o preço do bagaço de cana é muito volátil, pode haver uma subida de preços significativa, caso a demanda pelo produto aumente muito. Isso encareceria o custo da energia produzida por biomassa, podendo chegar até o teto de R$ 822 por MWh", diz.
Cubero, porém, pondera que são poucas as usinas de biomassa que entram no modelo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para formação de preços no mercado livre. A maior parte delas, diz ele, produz energia apenas para manter suas operações de açúcar e álcool. "Somente as grandes usinas comercializam a energia excedente. Por isso, a participação desse segmento é pequena e sua influência sobre a formação de preços também."

Impulsionadas pelo elevado preço da energia no mercado livre, as usinas de biomassa ampliaram em 35% sua geração de eletricidade em 2013, com aumento de 21% na capacidade instalada.

Os números fazem parte de levantamento realizado pela Safira Energia a pedido do Valor, que mostra que a capacidade instalada do segmento passou de 7.342 megawatts (MW) em 2012 para 8.870 MW em 2013, e geração subiu de 1.445 para 1.946 megawatts médios. No mesmo período, o aumento médio na geração de energia, considerando todos os tipos de usinas, foi bem mais modesto, de 3%.

Para o gerente de regulação da Safira Energia, Fábio Cuberos, o crescimento da geração de energia nas usinas de biomassa em ritmo superior à expansão da capacidade instalada indica que os proprietários dessas unidades estão aproveitando o momento de preços elevados no mercado livre para gerar mais e, assim, obter lucros adicionais. No sistema Sudeste/Centro-Oeste, que responde pela maior parte da geração de eletricidade no Brasil, o preço médio da energia saltou de R$ 23,14 megawatts-hora (MWh) em janeiro de 2012 para R$ 290,72 MWh em dezembro de 2013 e, desde fevereiro deste ano, tem se mantido no valor máximo permitido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de R$ 822,83.

Com a antecipação da colheita de cana-de-açúcar, diz Cuberos, os usineiros iniciaram antes do previsto a produção de açúcar e álcool e a geração de energia. As usinas de biomassa utilizam como matéria-prima o bagaço da cana.

Uma possível quebra na safra de cana-de-açúcar, que poderia afetar a geração de energia nessas usinas, teria pouco impacto sobre os preços da energia no mercado livre, na avaliação de Cuberos. O estudo desenvolvido pela Safira junto aos usineiros aponta expectativa de queda entre 10% e 15% na safra de cana-de-açúcar neste ano, em decorrência da estiagem.

Entretanto, diz Cuberos, pode haver uma compensação no fornecimento de bagaço de cana entre as usinas. "Os usineiros trabalham com a possibilidade de comprar bagaço das usinas de açúcar e etanol que não produzem energia e de utilizar palha na geração de eletricidade, caso falte matéria-prima."

Com o bagaço de cana-de-açúcar sendo negociado atualmente entre R$ 100 e R$ 120 por tonelada, o custo de produção de energia nas usinas de biomassa gira em torno de R$ 400 por MWh, pelas contas do gerente da Safira. "Como o preço do bagaço de cana é muito volátil, pode haver uma subida de preços significativa, caso a demanda pelo produto aumente muito. Isso encareceria o custo da energia produzida por biomassa, podendo chegar até o teto de R$ 822 por MWh", diz.

Cubero, porém, pondera que são poucas as usinas de biomassa que entram no modelo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para formação de preços no mercado livre. A maior parte delas, diz ele, produz energia apenas para manter suas operações de açúcar e álcool. "Somente as grandes usinas comercializam a energia excedente. Por isso, a participação desse segmento é pequena e sua influência sobre a formação de preços também."

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