Empresa

Com aquisições, Siemens cresce em óleo e gás

Estratégia global de fortalecimento no mercado de óleo e gás.

Valor Econômico
29/09/2014 12:58
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As recentes aquisições da Dresser-Rand e do negócio de compressores e turbinas a gás da Rolls-Royce fazem parte da estratégia global de fortalecimento da Siemens no mercado de óleo e gás nos EUA, em meio ao “boom” do gás não convencional, mas devem render frutos diretos à multinacional alemã também no Brasil. Confiante no crescimento das encomendas da Petrobras nos próximos anos, a companhia pretende se valer do parque fabril das duas novas aquisições para dobrar o volume de negócios da empresa na área de óleo e gás até 2020 no Brasil.
A Siemens Energy é a divisão de maior representatividade para a multinacional e responde por cerca de 40% do faturamento da companhia no Brasil, onde as receitas da alemã atingiram R$ 5,4 bilhões em 2013. O setor de óleo e gás representa algo em torno de 30% do volume de negócios da área de energia, mas tende a ter uma participação maior nos próximos anos.
“Isso tende a aumentar. O Brasil é destaque no mundo e vai desempenhar um papel importante na produção de petróleo até 2035, com Libra e pré-sal. O volume de investimentos é alto e motivador para nós”, comenta o diretor de Energia da Siemens no país, Ricardo Lamenza, em entrevista exclusiva ao Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.
O executivo aposta, sobretudo, no crescimento da demanda por turbinas e compressores e vê com bons olhos a incorporação da carteira de produtos da Rolls-Royce ao portfólio da Siemens. A expectativa de Lamenza é que o processo de integração entre as duas empresas seja concluído no começo do ano que vem.
“A aquisição da Rolls-Royce completa nossa carteira de turbinas e compressores para o mercado de óleo e gás. Essa área é bem atrativa para nós. Já fornecíamos turbinas a gás, mas agora passamos a fornecer também turbinas aeroderivadas. [a aquisição] Cai muito bem para complementar nossa carteira”, afirma Lamenza.
No valor de € 950 milhões, a compra do negócio de turbinas da Rolls-Royce, já aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), inclui a incorporação da fábrica de Santa Cruz, inaugurada este ano pela companhia britânica no bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, após investimentos de US$ 100 milhões. Segundo Lamenza, o parque fabril da Rolls-Royce praticamente dobra a capacidade instalada da Siemens no fornecimento de turbinas no Brasil.
Com a aquisição, a empresa alemã também amplia em 10% sua frota de turbinas em operação no país, ao incorporar cerca de cem equipamentos a gás ao seu portfólio de mil turbinas a vapor instaladas no Brasil.
Atualmente, a Rolls-Royce tem um contrato com a Petrobras, no valor de US$ 650 milhões, para fornecimento de 32 turbinas a gás para equipar oito FPSOs (plataformas flutuantes), e mais um segundo contrato, de US$ 138 milhões, para serviços de manutenção e reparo de 15 turbinas instaladas em quatro plataformas no pré-sal.
Já a fornecedora americana Dresser-Rand, comprada pela Siemens por US$ 7,6 bilhões, incorpora ao portfólio da empresa alemã uma fábrica de compressores em Santa Bárbara d’Oeste e um centro de serviços em Campinas, ambos no interior de São Paulo.
Além do setor de óleo e gás, a Siemens vê potencial para o mercado de turbinas também no setor elétrico. “Apostamos num crescimento na venda de turbinas em três grandes áreas: geração distribuída, biomassa e óleo e gás. Vai depender muito dos preços da energia nos próximos leilões e se teremos leilões regionais e por fonte. É um absurdo que o Brasil tenha leilões que visam apenas a modicidade tarifária”, afirma Lamenza.
Óleo e gás, geração distribuição e energia eólica são as maiores apostas da divisão de Energia da alemã. A Siemens possui 500 MW contratados no Brasil e se prepara para nacionalizar a produção de naceles – espécie de caixa onde fica o gerador de energia e um dos principais componentes do parque eólico.
“Estamos nos adaptando às novas regras [de conteúdo local] do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social [BNDES]. Estamos nos preparando para uma próxima geração de aerogeradores, uma máquina adequada aos ventos do Nordeste brasileiro a partir dos leilões de 2016″, comenta o diretor.
A Siemens Energy mira também novas oportunidades para fornecimento de sistemas de transmissão em corrente contínua. A companhia tem um contrato com o consórcio formado por Furnas, Eletronorte e State Grid para entrega dos transformadores do sistema de transmissão da hidrelétrica Belo Monte, o primeiro de 800 kV a contar com tecnologia de corrente contínua no Brasil.

As recentes aquisições da Dresser-Rand e do negócio de compressores e turbinas a gás da Rolls-Royce fazem parte da estratégia global de fortalecimento da Siemens no mercado de óleo e gás nos EUA, em meio ao “boom” do gás não convencional, mas devem render frutos diretos à multinacional alemã também no Brasil.

Confiante no crescimento das encomendas da Petrobras nos próximos anos, a companhia pretende se valer do parque fabril das duas novas aquisições para dobrar o volume de negócios da empresa na área de óleo e gás até 2020 no Brasil.

A Siemens Energy é a divisão de maior representatividade para a multinacional e responde por cerca de 40% do faturamento da companhia no Brasil, onde as receitas da alemã atingiram R$ 5,4 bilhões em 2013.

O setor de óleo e gás representa algo em torno de 30% do volume de negócios da área de energia, mas tende a ter uma participação maior nos próximos anos.

“Isso tende a aumentar. O Brasil é destaque no mundo e vai desempenhar um papel importante na produção de petróleo até 2035, com Libra e pré-sal.

O volume de investimentos é alto e motivador para nós”, comenta o diretor de Energia da Siemens no país, Ricardo Lamenza, em entrevista exclusiva ao Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.

O executivo aposta, sobretudo, no crescimento da demanda por turbinas e compressores e vê com bons olhos a incorporação da carteira de produtos da Rolls-Royce ao portfólio da Siemens.

A expectativa de Lamenza é que o processo de integração entre as duas empresas seja concluído no começo do ano que vem.

“A aquisição da Rolls-Royce completa nossa carteira de turbinas e compressores para o mercado de óleo e gás.

Essa área é bem atrativa para nós. Já fornecíamos turbinas a gás, mas agora passamos a fornecer também turbinas aeroderivadas. [a aquisição] Cai muito bem para complementar nossa carteira”, afirma Lamenza.

No valor de € 950 milhões, a compra do negócio de turbinas da Rolls-Royce, já aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), inclui a incorporação da fábrica de Santa Cruz, inaugurada este ano pela companhia britânica no bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, após investimentos de US$ 100 milhões.

Segundo Lamenza, o parque fabril da Rolls-Royce praticamente dobra a capacidade instalada da Siemens no fornecimento de turbinas no Brasil.

Com a aquisição, a empresa alemã também amplia em 10% sua frota de turbinas em operação no país, ao incorporar cerca de cem equipamentos a gás ao seu portfólio de mil turbinas a vapor instaladas no Brasil.

Atualmente, a Rolls-Royce tem um contrato com a Petrobras, no valor de US$ 650 milhões, para fornecimento de 32 turbinas a gás para equipar oito FPSOs (plataformas flutuantes), e mais um segundo contrato, de US$ 138 milhões, para serviços de manutenção e reparo de 15 turbinas instaladas em quatro plataformas no pré-sal.

Já a fornecedora americana Dresser-Rand, comprada pela Siemens por US$ 7,6 bilhões, incorpora ao portfólio da empresa alemã uma fábrica de compressores em Santa Bárbara d’Oeste e um centro de serviços em Campinas, ambos no interior de São Paulo.

Além do setor de óleo e gás, a Siemens vê potencial para o mercado de turbinas também no setor elétrico. “Apostamos num crescimento na venda de turbinas em três grandes áreas: geração distribuída, biomassa e óleo e gás.

Vai depender muito dos preços da energia nos próximos leilões e se teremos leilões regionais e por fonte. É um absurdo que o Brasil tenha leilões que visam apenas a modicidade tarifária”, afirma Lamenza.

Óleo e gás, geração distribuição e energia eólica são as maiores apostas da divisão de Energia da alemã.

A Siemens possui 500 MW contratados no Brasil e se prepara para nacionalizar a produção de naceles – espécie de caixa onde fica o gerador de energia e um dos principais componentes do parque eólico.

“Estamos nos adaptando às novas regras [de conteúdo local] do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social [BNDES]. Estamos nos preparando para uma próxima geração de aerogeradores, uma máquina adequada aos ventos do Nordeste brasileiro a partir dos leilões de 2016″, comenta o diretor.

A Siemens Energy mira também novas oportunidades para fornecimento de sistemas de transmissão em corrente contínua.

A companhia tem um contrato com o consórcio formado por Furnas, Eletronorte e State Grid para entrega dos transformadores do sistema de transmissão da hidrelétrica Belo Monte, o primeiro de 800 kV a contar com tecnologia de corrente contínua no Brasil.

 

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