A Tribuna, 02/07/2018
Os navios que operam no Porto de Santos terão um aumento de, pelo menos, 30 centímetros no limite máximo de seu calado - profundidade que podem atingir ao navegarem nas áreas do complexo. Com essa medida, poderão transportar mais cargas, ampliando a capacidade operacional do complexo marítimo.
A mudança deve ser anunciada neste semana, afirmou o presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), José Alex Oliva, diante de empresários e autoridades, durante o lançamento do Santos Export Brasil 2018, em São Paulo, na última quinta-feira.
Segundo Oliva, o acréscimo no calado será possível “sem a realização de obras, mas com inteligência”. Ele explica que pretende adotar uma nova margem de segurança para a navegação nas áreas do Porto. Hoje, pelas regras atuais, propostas para complexos marítimos de todo o mundo pela Associação Mundial de Infraestrutura de Transporte Marítimo (conhecida pela sigla Pianc), há a necessidade de se preservar cerca de 10% da profundidade para garantir a segurança da navegação. No canal de Santos, que tem 15 metros de fundura na maior parte de sua extensão, isso equivale a 1,5 metro.
De acordo com o presidente da Codesp, é possível operar com uma margem de apenas 1,2 metro. Com isso, os navios poderão “afundar” mais 30 centímetros – ou seja, poderão transportar mais cargas em seus porões e convés.
A mudança, inédita no País, tem sido negociada com a Marinha, disse Oliva.
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