<P>A Codesp acaba de concluir o projeto geométrico da infra-estrutura aquaviária do Porto de Santos. Com o desenho do novo traçado do estuário, a estatal poderá concluir a última parte do EIA-Rima de seu plano de infra-estrutura aquaviária mais ambicioso e urgente: o aprofundamento e ampliaç...
A Tribuna - SPA Codesp acaba de concluir o projeto geométrico da infra-estrutura aquaviária do Porto de Santos. Com o desenho do novo traçado do estuário, a estatal poderá concluir a última parte do EIA-Rima de seu plano de infra-estrutura aquaviária mais ambicioso e urgente: o aprofundamento e ampliação do canal de navegação do porto.
Ao dotar o complexo de uma profundidade de 15 metros, o empreendimento possibilitará a chegada de embarcações maiores que as atuais, aumentando, em última análise, a capacidade de movimentação de cargas do cais santista.
O projeto da infra-estrutura aquaviária do porto, incluindo os estudos de caracterização geológica-geotécnica do estuário, foram entregues à Autoridade Portuária na última segunda-feira. Eles foram realizados pelo Instituto de Pesquisas Hidroviárias (INPH), por meio da Fundação Ricardo Franco.
Além de possibilitar a vinda de embarcações com maior capacidade, o aumento da profundidade do canal de acesso ao porto resultará na redução de fretes entre o complexo santista e portos europeus, estima a Codesp.
Com essas obras, o porto passará, em alguns trechos, de um sistema monotráfego (apenas em uma direção) para o de duas vertentes. ‘‘Esses projetos, em uma avaliação conservadora, permitem ao porto triplicar o número de berços de atracação para operação de cargas conteinerizadas, gerando uma demanda futura de acesso aquaviário. O aprofundamento dota o porto das condições adequadas para atender essa demanda’’, afirma o diretor de Infra-estrutura e Seriços da estatal, Arnaldo Barreto.
Com base nos dados recém-chegados, a Codesp irá elaborar a última fase do EIA-Rima do projeto de aprofundamento.
‘‘Se conseguirmos entregar o EIA-Rima, num cenário otimista, em setembro, num cenário conservador, em outubro, significa que o Ibama deve demorar, eu estimo, de três a seis meses para dar a licença ambiental. Então devemos obtê-la durante o primeiro semestre do ano que vem. Ato contínuo, já podemos licitar a obra’’, explicou o diretor comercial e de Desenvolvimento da Codesp — área à qual o setor de Meio Ambiente está subordinada —, Fabrizio Pierdomenico. A expectativa da estatal é iniciar os trabalhos em 2008.
O Instituto realizou a caracterização geológica-geotécnica do canal de acesso e bacias de evolução do porto, bem como a elaboração de novo traçado geométrico do canal de navegação. Os trabalhos do Instituto tiveram início em setembro de 2006.
Já a empresa Hidrotopo Consultoria e Projetos Ltda. fez a caracterização geológica-geotécnica das pedras de Teffé, Itapema e Barroso.
O projeto de aprofundamento prevê, na primeira etapa, a passagem de 14 para 15 metros, no canal de navegação externo, e, nos trechos de navegação do canal interno, de 12 e 13 metros, respectivamente da Alemoa à Torre Grande e daí até a entrada do porto, para 14 metros.
Outras duas etapas também estão previstas, apesar de condicionadas a estudos. É o aumento da profundidade para 16 metros, em 5 anos, e para 17 metros, em 10 anos.
Fonte: A Tribuna - SP
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