<P>A Codesp ameaça paralisar as operações de granéis sólidos das empresas que não atenderem às determinações dos órgãos ambientais de interromper o derramamento de produtos — como granéis sólidos — nas vias portuárias. A Autoridade Portuária também irá multar as empresas que des...
A Tribuna - SPA Codesp ameaça paralisar as operações de granéis sólidos das empresas que não atenderem às determinações dos órgãos ambientais de interromper o derramamento de produtos — como granéis sólidos — nas vias portuárias. A Autoridade Portuária também irá multar as empresas que descumprirem as regras no complexo.
O ultimato da Docas foi evidenciado na última semana, durante o Comitê de Logística do Porto de Santos. Um dia antes, os técnicos da estatal já haviam se reunido com os representantes das empresas e avisado da decisão.
‘‘Foi feito um apelo aos terminais. Todos foram avisados. A Codesp já envio 500 notificações, mas os operadores nunca tomaram providências’’, reclamou o superintendente de Fiscalização de Operações da estatal, Osvaldo Freitas Vale Barbosa, durante o evento.
Barbosa justificou que a Autoridade Portuária tem um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com a Cetesb, a agência ambiental do Estado. ‘‘Esse documento é um compromisso de que não haverá esse tipo de incidência nas operações dentro do porto. Temos que cumpri-lo. Já temos um exemplo da Cetesb, que multou um terminal portuário por conta desse descumprimento’’, afirmou.
Já a superintendente de Meio Ambiente, Qualidade e Normalização da Docas, Alexandra Sofia Grota, também presente, destacou que uma empresa foi contratada para avaliar a movimentação de granéis sólidos e seus respectivos equipamentos no Porto de Santos. ‘‘É uma questão ambiental. Todo esse produto que derrama vai para o estuário e acaba causando um problema sério até para a dragagem, porque esse material sedimenta no fundo do canal’’, alertou.
Nesse sentido, a especialista atentou para a responsabilidade de cada usuário do complexo. ‘‘Infelizmente, a conscientização só aparece quando há um prejuízo econômico significativo’’, lamentou.
AÇÚCAR
Além da material particulado nas operações de granéis, o superintendente de Fiscalização também quer coibir a saída de caminhões dos terminais do porto, após a descarga, com resíduos de produtos na caçamba. Ele disse que o problema tem sido verificado frequentemente nas descargas de açúcar.
A idéia do técnico da Autoridade Portuária é exigir que os operadores portuários façam a limpeza das caçambas, evitando que a trepidação dos caminhões nas vias do porto provoque a queda dos resíduos.
A medida foi incentivada pelo presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos da Baixada Santista, José Luiz Ribeiro Gonçalves. Ele reclamou que os caminhoneiros não podem chegar ao ponto de descarga da mercadoria, ou seja, funcionários dos terminais que dirigem a carreta na zona operacional. ‘‘Dessa forma, o caminhoneiro não pode fazer a limpeza porque na volta do caminhão ele já recebe com a crosta do produto na caçamba’’, comentou.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista (Sindisan), Marcelo Marques da Rocha, afirmou que os terminais que operam açúcar no cais deveriam se adaptar para fazer a raspagem da carroceria. Ele também sugeriu a utilização de um revestimento de fibra no interior das caçambas. O material impede que o açúcar grude nas paredes. ‘‘Mas a solução tem que partir dos terminais’’, apontou.
Fonte: A Tribuna - SP
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