Manifestação

CNI defende flexibilização de regras para liberação de recursos na área de inovação

Os líderes empresariais da indústria brasileira lançaram ontem (19) manifesto defendendo mais investimentos em inovação tecnológica no país, em sistema de parceria entre os setores público e privado. Segundo o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto,

Agência Brasil
20/08/2009 09:40
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Os líderes empresariais da indústria brasileira lançaram ontem (19) manifesto defendendo mais investimentos em inovação tecnológica no país, em sistema de parceria entre os setores público e privado. Segundo o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, é preciso, no entanto, flexibilizar mais as regras de liberação de recursos para a área de inovação.

 

O manifesto, lançado durante o 3º Congresso Brasileiro de Inovação, diz que existem hoje 6 mil empresas que realizam pesquisas e mais 30 mil que aplicam os conhecimentos. A meta é duplicar essa quantidade nos próximos quatro anos na tarefa de enfrentar o que o indústria considera um desafio para manter competitividade no mercado internacional.

 

De acordo com o presidente da CNI, entre os países latino-americanos, o Brasil se destaca no cenário mundial por ter construído uma indústria de expressiva importância na área manufatureira. "E o país mão pode abrir mão desse ativo extraordinário que construiu em um trabalho de gerações e gerações.” Armando Monteiro advertiu que a concorrência sempre fica mais acirrada em períodos de transição de crises. Ele se referia à crise financeira internacional, e lembrou que tais situações sempre levam à necessidade de maciços investimentos na capacidade de inovar.

 

Para ele, o Brasil deverá gradativamente recuperar o nível de emprego perdido desde setembro do ano passado, quando a crise financeira internacional se tornou mais aguda, mas não vê sinais de volta, em curto prazo, do quadro existente antes do início dos efeitos da crise. “A indústria depende mais das exportações do que outros setores. Como os mercados externos ainda estão muito retraídos, não recuperamos ainda as exportações”, afirmou.

 

Na opinião do presidente da CNI, o Brasil fez “uma travessia razoavelmente bem-sucedida dessa crise”, mas o futuro da indústria dependerá da inovação, se o país quiser estar em condições de igualdade com as nações desenvolvidas.

 

Sobre os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, Armando Monteiro defendeu maior flexibilização das regras de liberação de recursos para a área de inovação. “Os modelos de financiamento precisam ser adequados, porque, muitas vezes, no caso de pequenas empresas, elas não têm como oferecer garantias reais, quando elas não tem”. Por isso, o presidente da CNI defende a criação de um ambiente propício e estimulante.

 

Ele reconhece que as ofertas têm sido disponibilizadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas ressalta que falta torná-los mais acessíveis à pequenas empresas.

 

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, destacou o crescimento do movimento de aprovação de projetos, cujo estoque está em R$ 150 bilhões. Ele estima demanda ainda mais forte no segundo semestre e espera um reforço com aportes obtidos no mercado de capitais por meio dos chamados IPOs (sigla em inglês da oferta pública inicial de ações). Os desembolsos do BNDES até julho, somaram R$ 122 bilhões nos últimos 12 meses e deverão ficar entre R$ 130 bilhões e R$ 135 bilhões até o fim do ano, bem acima do total do ano passado, que foi de R$ 92 bilhões.

 

Na previsão de Coutinho, o aumento ocorrerá em função da recuperação da economia interna. Ele prevê crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) entre 3% e 4%, no último trimestre deste ano e uma dinâmica ainda mais forte no ano que vem. “Em 2010 teremos um crescimento surpreendente do PIB, mais próximo de 5%, acima do deste ano, em que o mercado ainda está olhando um pouco para o retrovisor, e precisa olhar mais para a frente.”

 

O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, que também participou do encontro, defendeu mais interação entre as instituições acadêmicas e o setor produtivo, para melhorar a qualidade do conhecimento científico e sua aplicação em produtos mais adequados à exigência do mercado internacional.

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