Negociação

CMA CGM estuda três terminais no Brasil

<P>A francesa CMA CGM, terceira maior transportadora de contêineres do mundo, estuda a construção de três terminais marítimos para movimentação de contêineres no País. A companhia negocia a aquisição de concessão de exploração de terminais nos estado de São Paulo, Paraná e Pará. Cad...

Jornal do Commercio
08/04/2008 00:00
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A francesa CMA CGM, terceira maior transportadora de contêineres do mundo, estuda a construção de três terminais marítimos para movimentação de contêineres no País. A companhia negocia a aquisição de concessão de exploração de terminais nos estado de São Paulo, Paraná e Pará. Cada unidade exigiria investimento de até US$ 300 milhões.

O presidente da empresa no Brasil, Nelson Carlini, explicou que um terminal seria instalado em Santos (SP), região que concentra a maior parte da carga exportada pelo País. Ele preferiu não citar as cidades em que os outros terminais seriam construídos.

A empresa tem diversos terminais marítimos no mundo. Queremos fazer o mesmo nas operações brasileiras, disse ele.

A execução dos investimentos aguarda, contudo, posicionamento da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) sobre as regras de exploração de terminais privativos. Para operar unidade do tipo atualmente, o investidor precisa movimentar pelo terminal volume de carga própria que justifique o empreendimento.

Não temos carga própria. Estamos na expectativa de mudanças de regras que eliminem essa exigência, que consideramos absurda. Queremos investir em terminais e o Brasil precisa dessa infra-estrutura. Por que precisaríamos de carga própria para isso?, indagou Carlini, acrescentando que a Antaq deverá se posicionar sobre o tema dentro de um mês.

A CMA CGM movimentou, em 2007, 280 mil TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) no Brasil, crescimento de 41,4% sobre 2006. O faturamento do grupo foi de US$ 500 milhões e a participação de mercado cresceu para 8%. Os números consolidam o grupo como o armador que mais cresce no País, que representa 5% de sua movimentação global.

A companhia lançou, tanto no Brasil quanto no exterior, total de 42 serviços em 2007, em todos os continentes. Noventa e oito navios foram acrescidos à sua frota, que hoje opera com 384 embarcações porta-contêineres. Desta forma, embarcações de maior porte foram alocadas em rotas que operam no Brasil.

O ano de 2007 foi marcado ainda por três aquisições pelo grupo: Cheng Lie Navigation, especializada no transporte marítimo entre portos asiáticos; Comanav, empresa que opera no Marrocos e Norte da África para Ásia, Europa e América do Norte; e US Lines, companhia que faz a ligação dos Estados Unidos com a Oceania.

Para 2008, a expectativa da empresa é crescer em 15% o volume de carga transportada. Embora em ritmo acelerado, o desempenho significará arrefecimento frente ao resultado de 2007. Carlini explicou que as perspectivas de menor crescimento global e a crise americana tendem a afetar os resultados.

O grupo opera no Brasil com frota de 23 navios em 10 serviços de longo curso, que ligam o Brasil à América Central, Caribe, Europa, Ásia, África e América do Norte. Carlini lembrou que a empresa tem perspectivas de abrir mais escritórios no País; são 22 do Amazonas ao Rio Grande do Sul.

 

 

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