Cabotagem

CMA CGM almeja o mercado de cabotagem

    Terceira maior transportadora marítima do mundo, com faturamento de 5,7 bilhões de euros, a CMA CGM está expandindo os negócios no país. A empresa investiu cerca de US$ 5 milhões no último ano para reforçar a rede comercial, e pretende elevar em 32% o faturamento de US$ 30...

Redação
28/03/2006 00:00
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    Terceira maior transportadora marítima do mundo, com faturamento de 5,7 bilhões de euros, a CMA CGM está expandindo os negócios no país. A empresa investiu cerca de US$ 5 milhões no último ano para reforçar a rede comercial, e pretende elevar em 32% o faturamento de US$ 300 milhões do ano passado.
    Mas o investimento poderia ser muito maior se a empresa conseguisse entrar no promissor mercado de navegação de cabotagem. Segundo o diretor-geral Nelson Luiz Carlini, as duas formas possíveis de ter navios com bandeira nacional operando na costa brasileira seriam fabricando-os no país ou importando.
    A primeira, segundo ele, não funcionaria porque não há estaleiros em condições de produzir; e importar navios é considerado proibitivo por causa dos impostos que, segundo ele, chegam a 50% - um navio médio pode custar US$ 40 milhões. Na verdade, haveria uma terceira alternativa, que seria comprar navios que já estão operando, mas Carlini não os considera adequados: são pequenos e mal-conservados, o que exigiria investimentos significativos para recuperá-los - em alguns, faltam até guindastes.
    Carlini não conta com a possibilidade contratar os consórcios formados no país para construir os navios da Transpetro. Para ele, os estaleiros serão desmobilizados depois que terminarem o trabalho para a Petrobras. Carlini diz que o mercado de cabotagem está com forte demanda. As más condições da maioria das estradas, por um lado, e o custo do pedágio nas estradas privatizadas, por outro, são situações que estimulariam a procura pelo transporte de carga por navios, mesmo dentro do território do país - principalmente para distâncias superiores a 1,5 mil quilômetros.
    Mesmo com as barreiras, a CMA CGM cobiça disputar a cabotagem com Mercosul Line (da Maersk), Aliança Hamburg Süd e Docenave (da Vale do Rio Doce). O Brasil é considerado um mercado estratégico para o grupo CMA CGM, junto com China, Rússia e Índia. Em 2004, enquanto o mercado de transporte marítimos cresceu 18%, a companhia cresceu 46,6%.
    Em 2005, o setor cresceu 10,4% e a CMA CGM, 47%. Para este ano, os planos são elevar de 6% para 8% sua participação de mercado. Com os preços dos fretes em baixa, o negócio é buscar novos clientes. Em abril, a empresa abre o 19º escritório no país, em Uberlândia (MG). Carlini conta que a companhia está rumando em direção ao interior do país, principalmente para cidades médias.
    Para ele, nada mais natural, já que algumas indústrias importantes, como as agroindústrias, estão longe dos grandes centros do país. A companhia começará a atender os clientes muito antes de as cargas chegarem aos portos. Os contêineres podem ser carregados (ou estufados, no jargão do setor) em áreas próximas das unidades industriais e levados até os portos usando o transporte multimodal - trens, barcos, caminhões, etc. Um exemplo é o acordo operacional que a CMA CGM fechou com a Vale do Rio Doce para usar as instalações do porto seco da mineradora, em Uberlândia, incluindo pátios, galpões e terminal alfandegário para desembaraço de carga, para dar mais agilidade às operações.
    Carlini confirma o acirramento da concorrência por causa da queda dos preços dos fretes marítimos de quase 30%. Mesmo assim, disse que a intenção é elevar de 6% para 8% a participação de mercado neste ano. No mundo, a CMA CGM, um grupo europeu, tem mais de 400 escritórios e agências e frota de 250 navios porta-contêineres, que ligam 216 portos em 126 países.
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