Valor Econômico /Ag
As maiores bolsas mundiais terminaram a quarta-feira (09/02) em baixa. Nos Estados Unidos, o problema foi a decepção com as perspectivas lançadas pela Cisco Systems sobre a sua receita, que causaram preocupações com relação à demanda por produtos de alta tecnologia. Na Europa, o dia ia bem, mas uma nova alta dos preços do petróleo inverteu o humor dos investidores.
O índice Nasdaq Composto, das ações do setor de tecnologia, mais diretamente afetado pela Cisco, fechou em baixa de 1,64%, a 2.052 pontos. O Dow Jones, principal indicador da economia formal na Bolsa de Nova York, caiu menos: 0,56%, a 10.664 pontos. O amplo Standard & Poor`s 500 recuou 0,86%, a 1.192 pontos.
"A grande notícia que tivemos foi da Cisco, que é uma referência para o setor de tecnologia, dizendo basicamente que `as coisas não estão bem; eles estão OK, mas menos do que esperavam`", disse David Memmott, chefe de negociação de ações em bloco do Morgan Stanley. A Cisco reportou uma receita abaixo da estimativa dos analistas e avisou que no quarto trimestre elas ficarão abaixo das expectativas. As ações da empresa caíram 3,34%.
A preocupação com uma possível queda na demanda por produtos de alta tecnologia contaminou o mercado e ofuscou a alta de quase 7% dos papéis da Hewlett-Packard. A valorização foi uma resposta do mercado à saída da presidente da empresa, Carly Fiorina.
O dia parecia bom na Europa e os principais índices acionários chegaram a bater na maior alta em 31 meses. Mas o avanço inesperado dos preços do petróleo contaminou os ânimos e as maiores bolsas européias fecharam em baixa ontem. O pregão foi salvo pela valorização das ações da Ericsson e da GlaxoSmithKline, que ajudou a conter perdas.
As ações da fabricante sueca de equipamentos de telecomunicações Ericsson subiram 4,86% em meio a expectativas de que a empresa vá superar as previsões de resultado, que divulga hoje. Os papéis da farmacêutica GlaxoSmithKline ganharam 1,82% pelo mesmo motivo: os investidores acreditam que hoje serão informados bons lucros.
Em contrapartida, uma acentuada alta nos preços do petróleo afetou o humor dos mercados, após dados sobre estoques de óleo nos EUA mostrarem inesperada queda nas reservas. O preço do barril, para contratos de março, chegou a subir para US$ 46,40 em Nova York. Antes da divulgação dos estoques, estava contado a US$ 44,90.
Em Londres, o índice FTSE-100 recuou 0,10%, para 4.990 pontos. Em Frankfurt, o DAX perdeu 0,42%, a 4.353 pontos. Em Paris, o CAC-40 desceu 0,28%, a 3.969 pontos.
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