Exportações

Cinco estados detêm 60% das exportações

<P>A concentração da pauta de exportações brasileiras nas commodities refletiu no resultado dos embarques realizados pelos estados brasileiros no primeiro semestre do ano. Os cinco maiores estados exportadores - São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Paraná, respectivamen...

DCI
02/08/2007 00:00
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A concentração da pauta de exportações brasileiras nas commodities refletiu no resultado dos embarques realizados pelos estados brasileiros no primeiro semestre do ano. Os cinco maiores estados exportadores - São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Paraná, respectivamente - devem concentrar cerca de 60% dos embarques do País. De acordo com o economista chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, Edgard Pereira, o ranking reflete os produtos que têm maior participação na balança.

Nós temos a mineração em Minas Gerais, em São Paulo o agronegócio tem grande peso, como a exportação de suco de laranja, açúcar e álcool. O Paraná também é forte em commodities agrícolas e já no Rio, há a forte exportação de petróleo. Você vê que os recursos naturais e o clima são determinantes para as commodities e assim é difícil descentralizar as exportações nos estados e a diferença da participação na balança nacional deve se acentuar, avalia Pereira. Os cinco principais estados respondem por cerca de 60% dos embarques nacionais, afirma Alexandre Brito, economista da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

Forte no setor de agronegócio e com amplo parque industrial, o Estado de São Paulo apresentou o maior valor em exportações, com US$ 24,13 bilhões em embarques. O resultado reflete um aumento de 17,4% em relação ao primeiro semestre do ano passado - o menor crescimento entre os cinco estados do ranking.

O setor de bens intermediários representou 42,9% do total exportado, sendo os principais destinos o mercado norte-americano, do México e da Venezuela. As importações tiveram aumento de 26,7% em relação a 2006, totalizando US$ 21,76 bilhões.

Minas Gerais

O estado de Minas Gerais (MG) manteve o segundo melhor resultado em exportações no semestre, com US$ 8,5 bilhões em vendas internacionais - um aumento de 22% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com Brito, da Fiemg, o resultado do estado reflete o desempenho das empresas, principalmente com o impacto do aumento de preço dos produtos básicos como minério de ferro, aço, químicos, níquel, alumínio, os insumos industriais em geral, no mercado internacional, levando ao aumento na exportação. Grandes empresas se destacam nos embarques do estado, como a Vale do Rio Doce, a Fiat e a Gerdau.

O principal destino dos embarques foi o mercado Chinês. De acordo com Alexandre Brito, o comércio com a China é muito concentrado nas grandes empresas de minério e aço. As exportações de aço para China correspondem a 50% do total exportado. Já os produtos acabados têm uma baixa inserção no mercado chinês, em equipamentos de precisão e máquinas, por exemplo, o país representa só 1% das nossas exportações. O setor agroindustrial, como em soja e carnes, também apresentou aumento nas vendas internacionais do estado, ao contrário dos manufaturados. Destaque para os embarques de açúcar e álcool, que passou de 13,47 mil litros para 39,6 mil litros exportados, um incremento de cerca de 200%.

A Federação destaca ainda os acordos internacionais que possui com entidades empresariais na Itália, França e Alemanha, além de parcerias com câmaras de comércio na América do Sul, como propulsor das exportações. Também as ações promocionais, como uma missão comercial que está programada ao Oriente Médio, em novembro, para negócios em setores como o de alimentos, vestuário acabado em máquinas, equipamentos eletrônicos e tubos de automação para a área gás e petróleo.

Entretanto, no ano, o aumento das exportações deve ser menos expressivo que o alcançado até o momento.

Com a desvalorização do dólar deve haver uma retração no segundo semestre para 12 a 10% fechando o ano com cerca de 14 a 15% de aumento a 2006, prospecta Brito. As importações de MG no semestre somaram US$ 2,86 bilhões, com aumento de 38,6% em relação a 2006. Segundo Brito, a estimativa é subestimada, já que não considera os produtos importados e registrados em outros estados, como São Paulo, e que são distribuídos no mercado mineiro.

Rio Grande do Sul

Com US$ 6,4 bilhões em embarques no semestre, o Rio Grande do Sul conseguiu se manter como o terceiro maior estado exportador, colocação que foi ameaçada pelo Rio de Janeiro em alguns meses. O aumento em relação a 2006 foi de 26,8%, com destaque para as vendas internacionais de bens intermediários e de consumo, que respondem juntos a mais de 80% do total exportado pelo estado. As importações somaram US$ 4,24, apresentando aumento de 12,33%.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, as exportações somaram US$ 5,9 bilhões, com aumento de 24,4%. De acordo com Fernando Sabóia, assessor do CIN da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), no estado o que garantiu o bom desempenho foi o crescimento de volume exportado, que compensou uma queda no preço em setores como o metalúrgico e a indústria básica de petróleo.

Nos últimos três anos, o estado tem aumentado sua participação na balança comercial nacional e a perspectiva, em mapeamento realizado pela Firjan, é que o Rio possa se transformar no segundo maior exportador do Brasil nos próximos 10 anos. As empresas do estado acreditam nessa meta com a tendência positiva no setor petrolífero, siderúrgico e de transportes, justifica Sabóia. O Rio de Janeiro sedia grandes empresas desses setores como a Petrobras, Companhia Siderúrgica Nacional e a Shell. A venda de combustíveis corresponde a 61% do total exportado pelo estado. As importações somaram US$ 4,15 bilhões.

Paraná

Com o maior crescimento nas exportações no comparado a 2006, de 31,5%, o Paraná totalizou US$ 5,6 bilhões em vendas internacionais. Para Vinicius Gasparetto, coordenador do CIN da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), o estado deve ultrapassar US$ 10 bilhões em exportações no ano. A pauta de exportação é concentrada no setor agrícola, como o complexo soja, carne de frango, madeiras e milho. Gasparetto destaca o aumento da contribuição de açúcar e álcool nos embarques, produto que ampliou as exportações até 200%. Com isso, algumas áreas do setor pecuário estão migrando para essa área e também dos campos de soja. O boom do biocombustível ampliou também as vendas de milho, principalmente para os EUA, pondera o coordenador. O estado tem investido em parcerias internacionais para subir no ranking de exportadores e atualmente desenvolve projetos com a China, Japão, França, Alemanha e Itália.

Já as importações do estado somaram US$ 3,6 bilhões, com aumento de 57%.

Fonte: DCI

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