Redação TN/ Assessoria
Uma parceria entre o SENAI CIMATEC, a startup francesa Spare Parts 3D (SP3D) e a PETROBRAS promete inserir o Brasil de vez nas cadeias de suprimento de componentes por impressão, modernizar a indústria e aumentar a eficiência e sustentabilidade. Juntas, as empresas vão investir na manufatura aditiva e induzir uma reconversão no processo produtivo de peças de reposição em refinarias e unidades de Exploração e Produção (E&P).
Para atender a demanda, o SENAI CIMATEC está conduzindo um projeto de expansão da infraestrutura de manufatura aditiva para permitir a produção de peças de forma mais versátil e ampla, incluindo materiais metálicos, compósitos e polímeros avançados de modo a suportar os requisitos de desempenho mais rigorosos. "Essa evolução tecnológica será acompanhada de grande reforço da equipe técnica envolvida, que estará apta para lidar com o estado da arte mundial em manufatura aditiva e à disposição de toda indústria brasileira", declarou Bruno Caetano, gerente executivo de Novos Negócios do SENAI CIMATEC.
Além dessa iniciativa, a SP3D também vai tratar da conversão digital dos estoques de peças de reposição da Petrobras, através da análise de inventário por meio do DigiPART, um software baseado em Inteligência Artificial. A tecnologia vai identificar entre as dezenas de milhares de peças catalogadas, as mais adequadas tecnicamente e vantajosas economicamente para serem produzidas por manufatura aditiva. "Esse processo culminará na criação do chamado passaporte digital, que após validação técnica do time de especialistas, habilita as peças para serem impressas trazendo grandes vantagens na cadeia de suprimentos, como redução de lead times, custos logísticos, e menor pegada de carbono, além de permitir ganhos de desempenho das peças com otimização de design e substituição de materiais, como aço por polímero ultra resistente", explica Christian Darquier da SP3D.
Os projetos têm previsão de conclusão em 2026 e realizarão todas as análises e testes para validação da conversão fabril, produzindo através do futuro novo parque de máquinas de manufatura aditiva diversas peças reais do inventário atual da Petrobras, que serão validadas tanto em ambiente laboratorial controlado quanto em ambiente operacional das unidades envolvidas e estarão aptas para uso. "Através dos projetos de P&D desenvolvidos pelo CENPES em parceria com instituições como o CIMATEC, estamos preparando a PETROBRAS para capturar os potenciais benefícios que a adoção da Manufatura Aditiva proporcionará às cadeias de suprimentos. Acreditamos que, no futuro, as operadoras da indústria de Oil and Gas utilizarão uma espécie de catálogo digital que permitirá a produção de peças, sob demanda, em qualquer fabricante que possua os sistemas de impressão", explica Filipe Martins, líder do Centro de Excelência de Manufatura Aditiva da PETROBRAS.
Ao fim dessa iniciativa, que alinha esse processo ao domínio tecnológico obtido pela equipe de engenheiros e técnicos do SENAI CIMATEC, a indústria brasileira passará a contar com equipamentos modernos e capazes, além de conhecimento técnico e método testado e validado, ou seja, todos os ingredientes que podem ser replicados por todo o país para dar o salto tecnológico rumo à uma indústria mais moderna e limpa.
Sobre o SENAI CIMATEC
O SENAI CIMATEC é um dos mais avançados centros de tecnologia e inovação do Brasil, especializado em desenvolver pesquisas e soluções para a indústria. Com sede em Salvador e um time de mais de 1300 pessoas, a instituição, sem fins lucrativos, integra Centros Tecnológico, Universitário e de Educação Profissional. Possui 44 áreas de competência, entre elas, Robótica e Automação, Energia e Sustentabilidade, Saúde, Alimentos, Software e Supercomputação. Fundado em 2002, O SENAI CIMATEC desenvolve projetos de impacto nacional e internacional, como o primeiro robô submarino autônomo do mundo para inspeções de óleo e gás em águas profundas. Em 2019, foi inaugurado o SENAI CIMATEC Park, complexo de inovação que reúne os conceitos de parques industrial, tecnológico e de negócios, em uma área de 4 milhões de m², no Polo Industrial de Camaçari.
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