Gazeta Mercantil
As térmicas movidas a óleo combustível e a carvão devem ficar desligadas pelo menos até o segundo trimestre de 2009, com possibilidade de não serem acionadas durante todo o ano que vem. Graças às chuvas, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) não tem acionado as usinas, cujo custo de geração elétrica é mais caro que a energia hidráulica e a eletricidade proveniente das térmicas a gás. E a previsão é continuar assim, com produção de energia mais barata, de acordo com o presidente do ONS, Hermes Chipp.
Segundo o professor Nivalde de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), as térmicas a gás, que têm custos mais baixos que as de óleo, continuam ligadas, o que justifica o bom nível de reservatórios. “Trata-se de uma estratégia de segurança do governo”, diz.
“As chuvas estão contribuindo e nós não precisamos usar as térmicas a óleo. Especialistas (em clima) avaliam que vai continuar assim”, disse Chipp, durante o evento de lançamento do livro “Séries Econômico-Financeiras das Empresas do Setor Elétrico”, organizado pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ. Mesmo na estação de seca, o ONS não precisou despachar energia movida a óleo combustível. Como o período seco acaba agora em outubro, a necessidade de acionar térmicas a óleo são ainda menores.
O nível dos reservatórios na região Sudeste alcançou 53% da capacidade. No Nordeste o percentual chegou a 35%. Os níveis estão dentro dos limites estabeleci-dos pelo ONS. “Tivemos um período de seca bastante favorável, dentro da média pluviométrica e em algumas bacias choveu até acima da média, o que nos permite uma larga margem de segurança no sistema”.
Bacias importantes como a de Iguaçu, Parnaíba e Paranapanema contribuíram para encher os reservatórios de importantes hidrelétricas que abastecem o país.
Fale Conosco
13