O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgou uma nota nesta quinta-feira (17) afirmando que vai autuar a companhia Chevron pelo vazamento de óleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos. Assinada pelo presidente do instituto, Curt Trennepohl, a nota informa que equipes foram mobilizadas para acompanhar as medidas adotadas pela empresa, que deverá cumprir o Plano de Emergência Individual (PEI) apresentado no processo de licenciamento ambiental.
De acordo com o comunicado, "o Ibama esclarece que a empresa será autuada assim que o vazamento for estancado, pois o valor da multa é proporcional ao dano ambiental causado. E esse dano somente poderá ser mensurado ao final dos trabalhos".
Esta foi a primeira manifestação pública do instituto desde que o vazamento de petróleo foi detectado, no último dia 10. No mesmo dia, a petroleira anunciou a suspensão temporária das atividades de perfuração no campo de Frade, que fica a 370 quilômetros a nordeste da costa do Rio.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o vazamento de óleo provocado pela empresa Chevron “não tem a gravidade que se anuncia”.
De acordo com o ministro, a Petrobras e outras empresas estão ajudando na operação para estancar o vazamento. Ele ainda minimizou o impacto do acidente alegando que o óleo não está seguindo na direção de nenhuma praia. “O vazamento não se deu na direção da praia e sim em sentido contrário, portanto não perturba ninguém. Além disso o óleo está sendo recolhido”, disse ele.
Na quarta-feira (16), a delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal no Rio de Janeiro anunciou a abertura de um inquérito para investigar o vazamento.