Folha de Pernambuco
O Governo Federal quer unificar o desenvolvimento do setor elétrico brasileiro devido aos resultados desequilibrados que vêm sendo registrados entre as empresas geradoras de energia no País. Para isso, está sendo cogitada a criação de uma super Eletrobrás, algo semelhante ao sistema da Petrobras.
A que mais deve chamar a atenção da estatal federal é a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) por apresentar bons resultados de faturamento que, conseqüentemente, ajudará a incrementar as empresas deficitárias.
Ainda não há um modelo exato para essa nova gestão, mas já é perceptível uma movimentação pelos corredores da Chesf para a criação dessa super estatal.
Hoje, a Chesf, subsidiária da Eletrobrás, pode ser considerada como a “galinha dos ovos de ouro” para a super Eletrobrás, pois, nos primeiros nove meses de 2007, a estatal pernambucana apresentou um faturamento líquido de R$ 516,4 milhões, um aumento de 14,8% ao comparar com 2006, que teve uma receita de R$ 449,8 milhões.
Com esse sistema agregado, a Chesf perderia autonomia da sua gestão, inclusive do seu caixa. Atualmente, há diretorias desocupadas, como a de Administração, que era ocupada, há dois anos, pelo atual presidente da Compesa e secretário de Recursos Hídricos, João Bosco de Almeida.
Oficialmente, por meio da assessoria de Imprensa da Chesf, “o assunto ainda é restrito e em discussão interna, mas, no início de setembro, entre os dias 4 e 5, o processo começa a ser iniciado”.
O primeiro passo para a super Eletrobras já se deu com a campanha salarial, de acordo com o presidente do Sindicato dos Urbanitários, José Gomes Barbosa.
“Os tíquetes, planos de cargos e salários e plano de saúde foram unificados. Antes, cada empresa tinha sua autonomia. O salário na Chesf é um dos menores”, comentou.
No dia 27 deste mês, a Eletrobrás apresentará qual será esse novo modelo de gestão, durante o evento da Federação Nacional dos Urbanitários, no Pará.
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