Obras incluem construção dos acessos, fundações dos aerogeradores, implantação de redes de média tensão, linhas de transmissão e subestações
Redação TN/AssessoriaEm reunião ordinária, realizada na terça-feira (23/08), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou as autorizações para a implantação e a exploração das centrais geradoras do Parque Eólico Coxilha Negra, que será construído em Sant'Ana do Livramento (RS). Na segunda-feira (22/08), a CGT Eletrosul assinou os contratos com as empresas responsáveis pela execução da infraestrutura associada ao empreendimento. O escopo engloba serviços voltados à construção dos acessos internos e externos, fundações dos aerogeradores, implantação das redes de média tensão subterrâneas, linhas de transmissão e subestações. O investimento total é de R$ 2,1 bilhões, incluindo o fornecimento dos aerogeradores, a instalação do sistema de transmissão e as obras civis.
A formalização dos contratos consolida o início da implantação do Parque Eólico Coxilha Negra, que contará com capacidade instalada de 302,4 MW – energia equivalente ao atendimento de 1,5 milhão de consumidores. Com a ordem de serviço emitida no mês de agosto, estima-se a criação de 1.300 empregos no decorrer da execução das obras. Já o início da operação dos primeiros aerogeradores do empreendimento está previsto para ocorrer no primeiro trimestre de 2024. A energia gerada estará disponível no Sistema Interligado Nacional e será comercializada no Ambiente de Contratação Livre, também conhecido como Mercado Livre de Energia.
As três usinas que compõem o Parque Eólico Coxilha Negra reunirão 72 aerogeradores em uma área de 8.466 hectares. Para a viabilização do projeto, serão construídos aproximadamente 100 km de novos acessos, além da revitalização de outros 56 km de estradas. Os aerogeradores, com potência unitária de 4,2 MW, foram contratados junto à WEG e serão fabricados no Brasil. O contrato inclui, ainda, os serviços de logística, montagem e comissionamento, além de operação e manutenção. Cada aerogerador possui 125 metros de altura e rotor de 147 metros de diâmetro, pesando mais de 1.300 toneladas.
Sistema de Transmissão
Para escoar a energia gerada, será construído um sistema de transmissão exclusivo. Estão previstas duas linhas de transmissão: LT Coxilha Negra 2 – Livramento 3 (230 kV) e LT Coxilha Negra 2 – Coxilha Negra 3 (230 kV), com 36 km de extensão total, além da rede subterrânea trifásica de média tensão (34,5 kV) com aproximadamente 200 km. Também serão implantadas duas novas subestações coletoras: Coxilha Negra 2 (280 MVA) e Coxilha Negra 3 (140 MVA), além da ampliação de Livramento 3 (Sant'Ana Transmissora).
Meio Ambiente
O projeto do Parque Eólico Coxilha Negra conta com licença ambiental de instalação, emitida pelo Ibama. Em consonância com a construção do empreendimento, está prevista a implementação de 17 programas com ações de responsabilidade ambiental e social. O amplo Plano de Gestão Ambiental prevê diversas iniciativas durante todas as fases da obra, visando garantir os cuidados com o ecossistema, estimulando atividades voltadas à preservação e monitoramento do bioma, mitigação de impactos e educação ambiental para as comunidades locais.
Expansão da Geração Eólica
O novo empreendimento de geração de energia renovável está alinhado ao Plano Estratégico das Empresas Eletrobras 2020-2035. Atualmente, a CGT Eletrosul é proprietária do Complexo Eólico Cerro Chato, composto por seis parques, com 69 aerogeradores em plena operação e 138 MW de potência instalada, na região de Sant'Ana do Livramento. Neste momento, a empresa promove a continuidade de sua política de investimentos sustentáveis e amplia a geração eólica, por meio da construção do Parque Coxilha Negra, que será instalado em áreas limítrofes às unidades existentes. Com a implantação, a CGT Eletrosul alcançará a marca de 440 MW de geração a partir da força dos ventos – energia equivalente ao consumo de uma cidade com cerca de 2,3 milhões de habitantes.
Perfil Corporativo
Subsidiária da Eletrobras, a CGT Eletrosul é uma empresa resultante do processo de reestruturação societária da Eletrosul e da CGTEE. Atua nos segmentos de geração, transmissão e comercialização de energia. Com sede em Florianópolis (SC), a empresa opera empreendimentos nos três estados da Região Sul, além de Mato Grosso do Sul, e participa como acionista das hidrelétricas Jirau e Teles Pires. A matriz energética da CGT Eletrosul é diversificada, proveniente das fontes hídrica, térmica, eólica e solar, totalizando mais de 2 GW. No Rio Grande do Sul, a empresa está implantando o novo Parque Eólico Coxilha Negra (302,4 MW). Entre as maiores transmissoras de energia do Brasil, a CGT Eletrosul possui de 12,5 mil quilômetros de linhas e cerca de 50 subestações.
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