Centro de pesquisas esteve diretamente ligado ao início da produção da companhia em águas ultraprofundas e à descoberta do pré-sal brasileiro
Redação TN Petróleo, Agência PetrobrasConsolidado como um dos maiores complexos de pesquisa aplicada do mundo, o Centro de Pesquisas Leopoldo Américo Miguez de Mello (CENPES), da Petrobras, celebrou 60 anos nesta segunda-feira (04/12). Ao longo de seis décadas, o polo de tecnologia e inovação tem tido importância fundamental para a companhia e para o Brasil, ao se tornar referência internacional em excelência tecnológica e para o avanço de toda a indústria de petróleo, gás e energia.
Fundado em 1963, mais do que um centro de pesquisas, o Cenpes tem sido um eixo estratégico para a Petrobras. Reflexo disso é que esteve diretamente ligado ao fortalecimento do refino e E&P nacionais; à descoberta dos campos offshore e do pré-sal brasileiro; e à expertise da Petrobras em operações em águas ultraprofundas. Hoje, o grande desafio do CENPES é promover insumos à companhia em direção à transição energética, como aponta o presidente da empresa, Jean Paul Prates.
“O CENPES é, ao mesmo tempo, o cérebro e o coração da inovação da Petrobras. É movido pelos desafios diferentes de cada década dos últimos 60 anos, quase o mesmo tempo de vida da própria companhia, sendo um braço direito de longa data. Aqui nasceram soluções tecnológicas que nos levaram à eficiência operacional e à competitividade de mercado. Atualmente, o CENPES tem sido um importante agente de transformação dedicado ao desenvolvimento de tecnologias mais limpas e sustentáveis, alinhadas aos novos desafios ambientais”, declarou Prates.
A trajetória do CENPES é marcada por descobertas pioneiras, projetos inovadores e parcerias estratégicas que elevaram o padrão de excelência do setor de energia. O diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Carlos Travassos, lembra que, como resultado, apoiada em todo suporte do CENPES, a Petrobras ganhou, por seis vezes, o prêmio Distinguished Achievement Award, da Offshore Technology Conference (OTC), em reconhecimento às tecnologias desenvolvidas para produção offshore.
"Está no DNA do CENPES permanecer na vanguarda da pesquisa e desenvolvimento, focados em soluções que enfrentam os desafios do setor de energia, alinhados com as demandas do mercado e os princípios da sustentabilidade. As pesquisas desenvolvidas pelo Cenpes viram estratégia de negócio e geram valor para a Petrobras, para a sociedade e para todo o segmento mundial de energia", completou Travassos.
Com uma área total de 308 mil m² e 116 laboratórios e plantas-piloto instalados, o CENPES é reconhecido como um celeiro de talentos e capacidade técnica. Por meio de suas instalações de ponta, o centro abriga laboratórios de excelência e equipes multidisciplinares, dedicadas a pesquisas e estudos nas áreas de exploração e produção de petróleo, refino, gás natural, energias renováveis e meio ambiente. Essa infraestrutura, segundo a gerente executiva do CENPES, Maiza Goulart, permite a realização de testes, análises e experimentos que impulsionam a inovação e a melhoria contínua das operações da Petrobras.
“A celebração dos 60 anos do CENPES é um momento para reconhecer e honrar as conquistas do passado, enquanto se olha para o futuro com determinação e consciente do seu papel de protagonista na busca por soluções energéticas mais limpas e sustentáveis. A Petrobras reafirma seu compromisso com a inovação contínua e o desenvolvimento tecnológico, com o CENPES como um pilar fundamental nessa jornada”, concluiu Maiza.
Linha do tempo do Cenpes por décadas
1960 - Nascido na Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, o foco principal de atuação do CENPES era a área de refino, com o objetivo de fomentar a capacidade nacional de processamento e produção de combustíveis para abastecer o mercado interno.
1970 - Mudança da sede para a Cidade Universitária, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo período, a área de Exploração & Produção teve suas pesquisas intensificadas a partir da descoberta do campo de Garoupa, na costa do Rio de Janeiro, que marca o início da série de descobertas dos campos offshore da Petrobras na Bacia de Campos.
1980 - Nesse período, não havia tecnologia no mundo para viabilizar a produção de petróleo em campos gigantes em profundidades próximas a mil metros. Diante de tal desafio, o Cenpes buscou parcerias com fornecedores, universidades e centros de pesquisas, e desenvolveu tecnologias próprias que levaram a Petrobras a fazer grandes descobertas em profundidades inéditas. Em 1986, foi criado o Programa Tecnológico de Capacitação em Águas Profundas (Procap) para gerar suporte tecnológico de Marlim e Albacora, possibilitando a produção em até mil metros de lâmina d'água.
1990 - Em 1992, foi iniciada a segunda fase do Procap, com o Procap 2000, tendo como foco a produção de Marlim Sul e Roncador - este com 1.730 metros de lâmina d'água, considerado a maior jazida brasileira até então. O impacto positivo no segmento global das tecnologias que viabilizaram a produção nos campos de Marlim foi reconhecido, tendo a Petrobras recebido dois prêmios Offshore Technology Conference (OTC).
2000 - Participou diretamente da descoberta do pré-sal brasileiro, no campo de Tupi. Mais uma vez, a Petrobras identificou uma grande oportunidade de crescimento, com importante mudança de patamar na indústria mundial. Também foi iniciada a terceira fase do Procap, o Procap 3000, que gerou suporte tecnológico à produção das fases ultraprofundas de Marlim Sul e Roncador.
2010 - Foi criado o Procap Visão Futuro, voltado para soluções que aumentem a eficiência e os resultados da produção em águas profundas e ultraprofundas. As instalações da Expansão do CENPES foram inauguradas e se diferenciam por conceitos avançados de ecoeficiência.
2020 - O CENPES passa a direcionar ainda mais suas pesquisas para formas mais sustentáveis e descarbonizadas de operações e produtos, visando apoiar a Petrobras no processo de transição energética. Tecnologias avançadas, como inteligência artificial, digital twins e machine learning, otimizam os projetos e aumentam a eficiência da análise de novas fronteiras exploratórias de petróleo e gás, como a Margem Equatorial.
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