A Cedae, companhia de abastecimento do Rio de Janeiro, vai investir mais de R$ 1 bilhão para fornecer água de reúso para abastecimento do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), que está sendo construído pela Petrobras em Itaboraí, na região metropolitana da capital fluminense. O pré-contrato entre as duas companhias foi assinado ontem e prevê o fornecimento de 500 litros de água tratada por segundo em 2013 e de 1.500 litros por segundo em 2017.
Para fornecer água para o Comperj, a Cedae construirá um duto ligando a estação de tratamento de Alegria, às margens da Baía de Guanabara, até a estação de tratamento de São Gonçalo, de onde sairão novos dutos até o polo industrial. O presidente da Cedae, Wagner Victer, afirmou que a empresa ainda está negociando as empresas que farão a obra.
"Todos os detalhes serão finalizados no contrato definitivo que será firmado com a Petrobras em 180 dias", disse Victer, lembrando que o volume de água a ser fornecido é equivalente ao consumo de uma cidade de 700 mil habitantes. O volume de água que será enviado ao Comperj atualmente é tratado na estação Alegria e devolvido à Baía de Guanabara. Agora, será construída uma unidade terciária em Alegria para deixar a água com a qualidade requerida pela Petrobras.
A primeira refinaria do Comperj deverá ficar pronta no fim de 2013, com capacidade de produzir 165 mil barris. A unidade petroquímica entrará em operação em 2016 e a segunda refinaria, com mais 165 mil barris, no fim de 2017.
O diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, não revelou qual será o custo total para construção do Comperj. Segundo ele, o valor será divulgado juntamente com o Plano de Negócios 2011/2015, que deverá ser levado à diretoria e ao conselho de administração ainda este mês. "Antes de ter esse plano aprovado, não tenho como falar de valores", disse.