Energia

CEBDS lança estudo sobre matriz energética brasileira na COP-19

Evento aconteceu na Polônia.

Ascom CEBDS
26/11/2013 13:05
CEBDS lança estudo sobre matriz energética brasileira na COP-19 Imagem: TN Petróleo Visualizações: 611 (0) (0) (0) (0)

 

O Conselho Empresarial Brasileiro para Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) lançou durante a COP-19, a Conferência da ONU sobre Clima que este ano acontece em Varsóvia, na Polônia, o sumário executivo “Recomendações para política de energia elétrica do Brasil”, que apresenta soluções que contribuem para a diversificação da matriz elétrica brasileira de forma sustentável. Dentre as quais, a importância da regulamentação de leilões por fontes e leilões regionais, cogeração e microgeração, licenciamento ambiental, maior eficiência em transmissão e distribuição e no consumo final.
O novo relatório do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change), lançado em setembro de 2013, reforça que o processo de mudança do clima está em andamento. Neste cenário, a matriz elétrica brasileira composta, predominantemente, por hidroeletricidade, fica mais vulnerável. O Brasil é o país com uma das matrizes energéticas e elétricas mais limpas do mundo. A primeira é composta por 42,4% de fontes renováveis e segunda, por 80%. Como consequência, as emissões de CO2 são de apenas 2,4 ton CO2/habitante inferior à média mundial de 4,6 ton CO2/habitante. Assim, o Brasil possui uma importante vantagem competitiva em relação à quantidade de carbono por produto e por MWh produzidos.
No entanto, essas emissões estão aumentando. Com exceção do desmatamento, cujas emissões reduziram de 2005 para 2010, as emissões dos demais setores aumentaram, ainda que a emissão total brasileira esteja menor. O estudo aponta que a maior preocupação, todavia, é o cenário tendencial de aumento para os próximos anos.
Na matriz elétrica nacional, por exemplo, essas emissões estão aumentando a uma taxa de, aproximadamente, 3,5% ao ano, devido à perda de participação da fonte hidráulica para fontes não renováveis. Tal cenário ocorre ante as novas diretrizes da política energética do país de inserção de apenas novas usinas hidroelétricas a fio d’água e, mais recentemente, do carvão como potencial fonte de geração nas termoelétricas a serem construídas nos próximos anos.
“O objetivo deste documento é contribuir para o desenvolvimento energético brasileiro, e principalmente, servir como ponto de partida para futuros estudos”, ressalta Raquel Souza, coordenadora da Câmara Temática de Energia e Mudança do Clima do CEBDS. Também participaram do evento o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Augusto Klink, e a diretora executiva do CEBDS, Lia Lombardi.
Vantagens competitivas do Brasil
O Brasil tem grande vantagem competitiva em termos de potencial de geração de energia elétrica por fontes renováveis ainda não plenamente exploradas, por exemplo, eólica, biomassa e solar. O potencial estimado de energia eólica hoje no país é de 143.000 MW, dos quais apenas 20MW já estão sendo explorados por meio de 59 usinas localizadas no Norte/Nordeste e Sul do país. Já foram realizados leilões para 141 projetos que já se encontram em instalação.
Em relação à biomassa, o Brasil, por ser um dos maiores produtores de etanol do mundo, tem potencial de gerar cerca de 15.000 MW de energia firme a partir do bagaço disponível nos meses em que a vazão dos rios é mais baixa (abril a outubro), ou seja, é uma fonte complementar à hidroeletricidade. Ademais, São Paulo é o principal estado produtor de biomassa e também um dos maiores demandantes de energia elétrica. O aproveitamento desta fonte favoreceria a redução dos custos com linhas de transmissão.
A energia solar, por sua vez, ainda é incipiente no país e seu aproveitamento requer incentivos ao desenvolvimento de toda a cadeia produtiva visando reduzir os custos de investimento nesta fonte de geração.

O Conselho Empresarial Brasileiro para Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) lançou durante a COP-19, a Conferência da ONU sobre Clima que este ano acontece em Varsóvia, na Polônia, o sumário executivo “Recomendações para política de energia elétrica do Brasil”, que apresenta soluções que contribuem para a diversificação da matriz elétrica brasileira de forma sustentável. Dentre as quais, a importância da regulamentação de leilões por fontes e leilões regionais, cogeração e microgeração, licenciamento ambiental, maior eficiência em transmissão e distribuição e no consumo final.

O novo relatório do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change), lançado em setembro de 2013, reforça que o processo de mudança do clima está em andamento. Neste cenário, a matriz elétrica brasileira composta, predominantemente, por hidroeletricidade, fica mais vulnerável. O Brasil é o país com uma das matrizes energéticas e elétricas mais limpas do mundo. A primeira é composta por 42,4% de fontes renováveis e segunda, por 80%. Como consequência, as emissões de CO2 são de apenas 2,4 ton CO2/habitante inferior à média mundial de 4,6 ton CO2/habitante. Assim, o Brasil possui uma importante vantagem competitiva em relação à quantidade de carbono por produto e por MWh produzidos.

No entanto, essas emissões estão aumentando. Com exceção do desmatamento, cujas emissões reduziram de 2005 para 2010, as emissões dos demais setores aumentaram, ainda que a emissão total brasileira esteja menor. O estudo aponta que a maior preocupação, todavia, é o cenário tendencial de aumento para os próximos anos.

Na matriz elétrica nacional, por exemplo, essas emissões estão aumentando a uma taxa de, aproximadamente, 3,5% ao ano, devido à perda de participação da fonte hidráulica para fontes não renováveis. Tal cenário ocorre ante as novas diretrizes da política energética do país de inserção de apenas novas usinas hidroelétricas a fio d’água e, mais recentemente, do carvão como potencial fonte de geração nas termoelétricas a serem construídas nos próximos anos.

“O objetivo deste documento é contribuir para o desenvolvimento energético brasileiro, e principalmente, servir como ponto de partida para futuros estudos”, ressalta Raquel Souza, coordenadora da Câmara Temática de Energia e Mudança do Clima do CEBDS. Também participaram do evento o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Augusto Klink, e a diretora executiva do CEBDS, Lia Lombardi.


Vantagens competitivas do Brasil

O Brasil tem grande vantagem competitiva em termos de potencial de geração de energia elétrica por fontes renováveis ainda não plenamente exploradas, por exemplo, eólica, biomassa e solar. O potencial estimado de energia eólica hoje no país é de 143.000 MW, dos quais apenas 20MW já estão sendo explorados por meio de 59 usinas localizadas no Norte/Nordeste e Sul do país. Já foram realizados leilões para 141 projetos que já se encontram em instalação.

Em relação à biomassa, o Brasil, por ser um dos maiores produtores de etanol do mundo, tem potencial de gerar cerca de 15.000 MW de energia firme a partir do bagaço disponível nos meses em que a vazão dos rios é mais baixa (abril a outubro), ou seja, é uma fonte complementar à hidroeletricidade. Ademais, São Paulo é o principal estado produtor de biomassa e também um dos maiores demandantes de energia elétrica. O aproveitamento desta fonte favoreceria a redução dos custos com linhas de transmissão.

A energia solar, por sua vez, ainda é incipiente no país e seu aproveitamento requer incentivos ao desenvolvimento de toda a cadeia produtiva visando reduzir os custos de investimento nesta fonte de geração.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Hidrogênio Verde
Complexo do Pecém (CE) abriga os primeiros projetos de h...
18/09/25
Energia Eólica
Parceria inovadora entre Petrobras, WEG e Statkraft colo...
18/09/25
Apoio Offshore
Omni Unmanned e SwissDrones concluem teste de UAV em pla...
18/09/25
Estudo
Cultura de inovação promove competitividade, sustentabil...
18/09/25
Contrato
OceanPact assina contratos com a Petrobras para monitora...
18/09/25
Meio Ambiente
Projeto piloto que vai capturar e armazenar 100 mil tone...
17/09/25
Pessoas
ABESPetro elege novo Conselho de Administração para biên...
17/09/25
OTC Brasil 2025
Excelência do Petróleo e Gás Brasileiro é Reconhecida no...
17/09/25
São Paulo
FIEE 2025 cresce 20% em público e registra maior edição ...
17/09/25
Bacia de Campos
OceanPact fecha contrato de descomissionamento com a Tri...
17/09/25
Rio Pipeline & Logistics 2025
EGD Engenharia marca presença na Rio Pipeline 2025 com f...
16/09/25
Fertilizantes
Petrobras conclui licitação de operação e manutenção par...
16/09/25
Etanol
Indicador do hidratado interrompe sete semanas de alta
16/09/25
Paraná
Smart Energy 2026 é confirmada para 21 a 23 de setembro
16/09/25
Estudos geológicos
Cláusula de P,D&I viabiliza projeto que fortalece pesqui...
15/09/25
Combustíveis
ANP aprova projeto-piloto com novo equipamento para fisc...
15/09/25
PD&I
Sensor desenvolvido na Unicamp e UnB avança em testes in...
15/09/25
Evento
ABPIP realiza encontro SMS Oil&Gas com foco em liderança...
15/09/25
Combustíveis
Etanol fecha semana com alta do anidro e leve queda do h...
15/09/25
Internacional
Petrobras informa sobre participação em bloco exploratór...
12/09/25
Revap
Parada de manutenção da Revap tem investimento de R$ 1 b...
12/09/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

23