O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) lançou à pouco na Rio+20, a publicação "Visão Brasil 2050". O documento é uma adaptação para a realidade brasileira do relatório Vision 2050, produzido pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD). O objetivo é apoiar as empresas e o país rumo ao desenvolvimento sustentável.
Para o CEBDS, o maior ganho desse histórico documento é nortear a discussão de uma agenda comum que congregue desenvolvimento e sustentabilidade no Brasil, tornando o diálogo entre esses segmentos possível e evitando que as decisões sejam tomadas de forma unilateral e com visão de curto prazo.
"O Visão Brasil 2050 é a nova agenda para os negócios no país que se baseia na realidade nacional a fim de apontar as metas necessárias para que o Brasil seja líder na economia verde e no desenvolvimento sustentável", explicou Marina Grossi, presidente do CEBDS. De acordo com a executiva, o relatório foi montado a partir de nove pilares fundamentais: Valores das pessoas; Desenvolvimento humano; Economia; Agricultura; Florestas; Energia; Edifícios; Recursos & Insumos e Mobilidade.
Como principais desafios dessa agenda, o documento aponta a necessidade de incentivar atividades de baixo carbono, instituir o pagamento por serviços ambientais e estimular iniciativas sustentáveis para as áreas de habitação, saneamento, mobilidade, resíduos sólidos e formação profissional.
Segundo a presidente do CEBDS o processo de adaptação do relatório durou mais de um ano, mobilizando os maiores especialistas de múltiplos setores. "Nossa intenção é contribuir para que empresas, governos e sociedade possam estar juntos no planejamento do futuro que queremos para o Brasil", aponta.
Marina Grossi comenta ainda que o lançamento deste documento na Rio+20 é emblemático e representa a importância deste momento em que precisamos decidir se queremos viver em um país melhor ou se preferimos seguir para esse cenário de mudanças climáticas graves, crises financeiras profundas, crescimento desordenado nas cidades e perdas irrecuperáveis em todos os biomas. "Se vamos interromper esse processo ou não é uma escolha nossa. De cada um e de todos nós", conclui.