Energia Eólica

Ceará poderá abrigar Instituto de Tecnologia de Energia Renovável

Para a instalação do INTER deverão ser investidos mais de R$ 400 milhões. Governo do Estado trabalha para garantir a vinda do equipamento para o Ceará.

Governo do Ceará
07/02/2016 17:47
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O Ceará poderá contar com um Instituto de Tecnologia de Energia Renovável. O Secretário Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Eronildo Braga Bezerra, disse que o Estado reúne as condições necessárias para abrigar o Instituto. Eronildo Bezerra participou de uma oficina sobre “Certificação em Energias Renováveis”, promovida pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior, na manhã desta quarta-feira (3), na Fiec. O secretário Inácio Arruda garantiu que o Governo do Estado está trabalhando para garantir a vinda desse grande empreendimento para o Ceará.

O INTER irá funcionar como um centro de testes e demonstrações em energia eólica no Brasil e realizará testes em protótipos, desenvolvendo tecnologia e pesquisa aplicada, favorecendo a transferência de conhecimento e fomentando a formação de especialistas no setor de energias renováveis.

De acordo com o estudo elaborado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos – CGEE, estão previstos investimentos de R$ 404.591.577,00 milhões para instalação do INTER, incluindo as despesas com obras e construções; equipamentos; recursos humanos; administração, operação e manutenção.

“Embora tenha uma indústria robusta, a maioria das empresas da área de energias renováveis que operam no Brasil são internacionais”, aponta Daniel Menezes, do MCTI. “Hoje, as empresas brasileiras passam seis meses em uma fila de espera para realização de testes e ensaios em laboratórios internacionais. O processo de certificação no Brasil reduzirá custos de implantação e geração da energia eólica”, defende.

 “O Ceará é um grande produtor e um dos Estados que melhor atende aos requisitos para a instalação do INTER. O Governo do Estado tem interesse e o secretário Inácio Arruda se prontificou de imediato a ser o interlocutor desse projeto”, revela o secretário do MCTI, Eron Bezerra. “Não existe como montar um projeto dessa natureza sem o envolvimento do governo local”, finaliza.

A ideia é que o INTER seja uma instituição de caráter misto, com a presença da iniciativa privada. O MCTI já conta com um estudo detalhado para a implantação do Centro. Um Grupo de Trabalho será criado com a participação do MCTI, governo estadual, indústria e pesquisadores cearenses para formatar uma proposta final para o empreendimento.

Energias Renováveis no Brasil

Grande parte da matriz energética brasileira é oriunda de fontes renováveis, principalmente biocombustíveis, como a biomassa de cana e energia hidráulica, com 39,4% da produção nacional. No entanto, as energias não renováveis – petróleo e derivados e gás natural ainda configuram a maior parte da produção, com 60,6% do total.

De acordo com estudo apresentado pelo articulador do MCTI, Rafael Menezes, a previsão é que até 2024, a produção de energia eólica passe para 11,6% da matriz, com produção de 24 Gigawatts, tornando-se a terceira maior fonte de energia elétrica no País.

Até o final de 2015, a capacidade instalada no País somava 7,9 GW de geração de energia eólica, classificando o Brasil em 10º lugar no ranking mundial. “Somos o quarto País que mais aumentou capacidade de energia éolica no mundo”, revela Rafael.

O Nordeste é a região brasileira que reúne as condições mais favoráveis para o desenvolvimento da energia eólica. “Os ventos do Nordeste são os melhores do mundo, fortes, unidirecionais e constantes”, explica Rafael. Dos 7,9 GW produzidos no País, 1,7 GW estão no Sul e 6,2 GW no Nordeste onde são instalados grandes parques eólicos, principalmente no Rio Grande no Norte, Bahia e Ceará.

Contou com a presença do secretário da Ciência e Tecnologia, Inácio Arruda; do secretário da Infraestrutura, Renato Rolim; do secretário executivo da Secitece, Gilvan Paiva; do reitor do IFCE, Virgílio Araripe; do presidente do Nutec, Francisco Magalhães; do diretor científico da Funcap, Luiz Drude; do consultor da Fiec, Jurandir Picanço e do superintendente do ITIC, Carlos Artur Sobreira, além de empresários e pesquisadores da UFC, Uece, IFCE e Unifor.

 

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