11ª Rodada

Ceará dá início a nova fase na exploração de petróleo

Bacia do Ceará é uma das áreas mais atrativas.

Diário do Nordeste
13/05/2013 14:53
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O Ceará já iniciou uma nova fase em sua produção petrolífera. Há 37 anos desde que entrou neste lucrativo mercado do petróleo, somente no ano passado, o estado começou a ter suas águas profundas exploradas, onde descobriu-se que há, sim, uma quantidade significativa (e ainda não revelada) de óleo. Até o momento, só existem dois poços perfurados em grandes profundidades marítimas, mas o patamar da atividade por aqui poderá vivenciar uma revolução em breve, e o maior passo para que isso ocorra será dado esta semana, quando será realizada a 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O esperado leilão traz a Bacia do Ceará como uma das áreas mais atrativas entre as ofertadas.
Entre terça e quarta-feira, 11 blocos em águas profundas nesta bacia serão ofertados a 64 empresas, nacionais e internacionais, habilitadas para o certame.
O número de concorrentes é recorde e, de acordo com a ANP, adianta o sucesso do leilão, ao anunciar o interesse das empresas pela rodada que, desta vez, traz o Nordeste como destaque. Além da Bacia do Ceará, o estado também estará contemplado com um bloco na parte marítima da Bacia Potiguar, que confronta com território cearense, segundo informou a assessoria de imprensa da agência.
Novo fôlego
A aquisição de novas áreas de exploração de petróleo no Ceará, todas em águas profundas, poderá dar um novo fôlego à atividade. Além de nunca ter alcançado posição expressiva na produção petrolífera brasileira, o estado ainda vem registrando queda nos volumes produzidos. Atualmente, de todo o óleo que é explorado no Brasil, apenas 0,4% é proveniente do território cearense.
"As expectativas são as melhores possíveis. A tecnologia de exploração em águas profundas veio tirar a bacia sedimentar do Ceará do ostracismo observado nos últimos 20 anos e iniciar um novo marco inserindo o Ceará, efetivamente, como um elo a mais na cadeia produtiva de petróleo", analisa o consultor na área de petróleo, Bruno Iughetti.
"Acreditamos que esses 11 Blocos, pelas perspectivas otimistas de novas descobertas, serão o destaque na 11ª Rodada de Licitações da ANP", complementa o especialista.
Perspectivas
Em visita a Fortaleza no mês passado, a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, afirmou que as perspectivas para o Ceará são grandes, assim como na margem equatorial como um todo, que vai do Rio Grande do Norte ao Amapá. Para ela, os blocos aqui são "quentes", ou seja, têm grades possibilidades de arremate. Há duas razões claras para isso: uma é em virtude das novas descobertas da Petrobras na Bacia do Ceará, onde foi encontrado petróleo nos dois primeiros poços perfurados em águas profundas, além da analogia geográfica que vem sendo feita com outras áreas da África e da América do Sul, que são promissoras. "Nós não estranharemos se tivermos algum Jubilee aí", disse ela, referindo-se ao campo petrolífero em Gana, que vem apresentando ótimos resultados.
Para o consultor Bruno Iughetti, a provável entrada de novos "players" na indústria de petróleo no Ceará é outro ponto positivo a se destacar do leilão, já que, atualmente, somente a Petrobras e, mais recentemente, a British Petroleum (BP) exploram o território cearense. "E, de forma recorrente, isso vai trazer toda uma indústria periférica gerando postos de trabalho e renda. Nossa expectativa é bastante exitosa", acredita.
Desta forma, as possibilidades de ganhos do Ceará com a licitação vai bem além de uma maior produção de petróleo e mais royalties a receber, mas há também uma porta que se abre para a entrada de uma nova indústria petrolífera no Estado. "Não basta, porém, apenas a Petrobras, ANP e Operadores dos Blocos fazerem sua parte. Será imprescindível que se ponha em prática o empreendedorismo e consolidação da confiança pelo empresariado local para que se alcance o sucesso almejado. Deveremos sair dos discursos e estabelecermos metas dentro de uma nova visão de negócios, com arrojo e determinação", defende Iughetti.

O Ceará já iniciou uma nova fase em sua produção petrolífera. Há 37 anos desde que entrou neste lucrativo mercado do petróleo, somente no ano passado, o estado começou a ter suas águas profundas exploradas, onde descobriu-se que há, sim, uma quantidade significativa (e ainda não revelada) de óleo. Até o momento, só existem dois poços perfurados em grandes profundidades marítimas, mas o patamar da atividade por aqui poderá vivenciar uma revolução em breve, e o maior passo para que isso ocorra será dado esta semana, quando será realizada a 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O esperado leilão traz a Bacia do Ceará como uma das áreas mais atrativas entre as ofertadas.


Entre terça e quarta-feira, 11 blocos em águas profundas nesta bacia serão ofertados a 64 empresas, nacionais e internacionais, habilitadas para o certame.


O número de concorrentes é recorde e, de acordo com a ANP, adianta o sucesso do leilão, ao anunciar o interesse das empresas pela rodada que, desta vez, traz o Nordeste como destaque. Além da Bacia do Ceará, o estado também estará contemplado com um bloco na parte marítima da Bacia Potiguar, que confronta com território cearense, segundo informou a assessoria de imprensa da agência.



Novo fôlego


A aquisição de novas áreas de exploração de petróleo no Ceará, todas em águas profundas, poderá dar um novo fôlego à atividade. Além de nunca ter alcançado posição expressiva na produção petrolífera brasileira, o estado ainda vem registrando queda nos volumes produzidos. Atualmente, de todo o óleo que é explorado no Brasil, apenas 0,4% é proveniente do território cearense.


"As expectativas são as melhores possíveis. A tecnologia de exploração em águas profundas veio tirar a bacia sedimentar do Ceará do ostracismo observado nos últimos 20 anos e iniciar um novo marco inserindo o Ceará, efetivamente, como um elo a mais na cadeia produtiva de petróleo", analisa o consultor na área de petróleo, Bruno Iughetti.


"Acreditamos que esses 11 Blocos, pelas perspectivas otimistas de novas descobertas, serão o destaque na 11ª Rodada de Licitações da ANP", complementa o especialista.



Perspectivas


Em visita a Fortaleza no mês passado, a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, afirmou que as perspectivas para o Ceará são grandes, assim como na margem equatorial como um todo, que vai do Rio Grande do Norte ao Amapá. Para ela, os blocos aqui são "quentes", ou seja, têm grades possibilidades de arremate. Há duas razões claras para isso: uma é em virtude das novas descobertas da Petrobras na Bacia do Ceará, onde foi encontrado petróleo nos dois primeiros poços perfurados em águas profundas, além da analogia geográfica que vem sendo feita com outras áreas da África e da América do Sul, que são promissoras. "Nós não estranharemos se tivermos algum Jubilee aí", disse ela, referindo-se ao campo petrolífero em Gana, que vem apresentando ótimos resultados.


Para o consultor Bruno Iughetti, a provável entrada de novos "players" na indústria de petróleo no Ceará é outro ponto positivo a se destacar do leilão, já que, atualmente, somente a Petrobras e, mais recentemente, a British Petroleum (BP) exploram o território cearense. "E, de forma recorrente, isso vai trazer toda uma indústria periférica gerando postos de trabalho e renda. Nossa expectativa é bastante exitosa", acredita.


Desta forma, as possibilidades de ganhos do Ceará com a licitação vai bem além de uma maior produção de petróleo e mais royalties a receber, mas há também uma porta que se abre para a entrada de uma nova indústria petrolífera no Estado. "Não basta, porém, apenas a Petrobras, ANP e Operadores dos Blocos fazerem sua parte. Será imprescindível que se ponha em prática o empreendedorismo e consolidação da confiança pelo empresariado local para que se alcance o sucesso almejado. Deveremos sair dos discursos e estabelecermos metas dentro de uma nova visão de negócios, com arrojo e determinação", defende Iughetti.

 

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