Redação/Assessoria
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 13 de outubro apontam redução no consumo (-5,9%) e na geração (-4,2%) de energia elétrica no país, quando comparados com o mesmo período de 2014.
As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
Em outubro, a análise do desempenho da geração indica a entrega de 61.402 MW médios de energia ao Sistema Interligado Nacional – SIN com destaque para o crescimento da produção das usinas eólicas.
Com 3.250 MW médios, esta fonte teve o incremento de 48,5% na produção em relação ao mesmo período de 2014. Já as usinas hidráulicas tiveram queda de 2,4% com a geração de 42.412 MW médios no mês e representatividade de 69,1% em relação a toda energia gerada no país, índice 1,3 ponto percentual superior ao registrado no ano passado.
O consumo de energia elétrica, em outubro, alcançou 58.258 MW médios com redução tanto no mercado cativo – ACR, no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, quanto no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual os consumidores compram energia diretamente dos fornecedores. O consumo cativo registrou 44.323 MW médios, uma queda de 5,6%. Já os agentes livres consumiram 13.935 MW médios, ou seja, 7% a menos do que em outubro de 2014.
Entre os segmentos industriais que adquirem energia no Ambiente de Contratação Livre – ACL, os setores de extração de minerais metálicos (+15,1%) e químico (+2,6%) elevaram o consumo. Nos demais, houve retração com os ramos de veículos (-25,5%), bebidas (-19,9%) e de minerais não metálicos com (-17,6%); registrando as maiores baixas.
A análise dos dados de agentes autoprodutores, ou seja, empresas que investem em usinas próprias devido à grande demanda por eletricidade, aponta aumento de 19,4% na geração e queda de 4,4% no consumo em outubro. O setor de transporte (-27,3%), metalurgia e produtos de metal (-15,7%) e minerais não-metálicos (-10,9%), foram os que mais contribuíram com a redução no índice de consumo.
Mesmo com a redução geral, empresas que atuam nos segmentos químicos (+69,1%), extração de minerais metálicos (+11,8%) e manufaturados diversos (+8,1%) mantiveram a alta no consumo em relação ao mesmo período do ano passado.
O InfoMercado semanal também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE gerem, na terceira semana de outubro, o equivalente a 91,7% de suas garantias físicas, ou 42.505 MW médios em energia elétrica.
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