Hidrovia

Carbocloro pedirá licença em junho para sistema hidroviário

    A Carbocloro, indústria especializada na movimentação de sal-grosso no pólo petroquímico de Cubatão (SP), irá solicitar em junho próximo ao governo de São Paulo a licença ambiental para implantar o primeiro sistema hidroviário do Porto de Santos, com a construção...

Redação
19/04/2006 00:00
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    A Carbocloro, indústria especializada na movimentação de sal-grosso no pólo petroquímico de Cubatão (SP), irá solicitar em junho próximo ao governo de São Paulo a licença ambiental para implantar o primeiro sistema hidroviário do Porto de Santos, com a construção de um terminal marítimo no canal de navegação. 
    A consultoria responsável por elaborar o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto de Meio Ambiente (EIA/Rima) da obra, a DTA Engenharia, está atualmente finalizando o levantamento, iniciado há cerca de dois anos. A estimativa é que, caso não haja problemas, o novo terminal esteja em operação entre meados de 2008 e 2009. 
    A previsão é que seja necessário um ano para aprovação do EIA/Rima (que inclui audiências públicas) e mais um ano para as obras. O empreendimento da Carbocloro significará a substituição do modal rodoviário pelo marítimo nas operações da indústria que, hoje, recebe 60 mil caminhões por ano em sua unidade fabril no município.
    Atualmente, o carregamento do sal é feito do navio diretamente para as carretas, por meio de guindastes (os chamados grabs), seguindo, num percurso de 22 quilômetros, para a fábrica. No caminho, os já conhecidos congestionamentos das vias portuárias, os riscos de acidentes e a emissão de poluentes no ar. 
    Estão previstas construções de dolphins no Canal do Estuário, entre o Terminal de Granéis Líquidos da Alemoa e a Ilha Barnabé. A Carbocloro transferirirá a carga do porão do navio para barcaças — serão quatro ou cinco a serem compradas. As embarcações seguirão pela hidrovia, formada pela foz do Rio Casqueiro, um trecho do Rio Cascalho e parte do Rio Cubatão, às margens do qual fica a unidade da Carbocloro — o projeto também inclui o desassoreamento de alguns trechos do estuário.
    A mudança da matriz de transporte irá reduzir pela metade o trajeto entre o porto e a empresa que passará a ser de 11 quilômetros. Ainda não estão definidos os números de dolphins a serem feitos, nem a quantidade de barcaças, de esteiras e de moegas a serem compradas. 
    A mudança de modal está originalmente orçada em US$ 10 milhões. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já manifestou interesse em financiar parte do projeto. A empresa também comprará um rebocador (que puxará as barcaças) cujo motor é igual ao de um caminhão. 
    A implantação da hidrovia integra um projeto da Carbocloro de ampliar sua movimentação de 440 mil toneladas atuais para 610 mil toneladas, um aumento de quase 40%. Para tanto, a empresa irá dobrar a capacidade de estocagem de 60 mil toneladas para 120 mill toneladas em seus pátios. 
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