<P>Para receber um empreendimento do porte da refinaria planejada pela Petrobras, o Porto do Pecém, segundo estudo técnico realizado pela estatal, deverá passar por uma série de obras de elevação de capacidade. A ampliação já estava prevista, mas, para atender aos moldes exigidos agora, nov...
Diário do Nordeste - CEPara receber um empreendimento do porte da refinaria planejada pela Petrobras, o Porto do Pecém, segundo estudo técnico realizado pela estatal, deverá passar por uma série de obras de elevação de capacidade. A ampliação já estava prevista, mas, para atender aos moldes exigidos agora, novos projetos deverão ser feitos e novos recursos garantidos.
Segundo o presidente da Companhia de Integração Portuária do Ceará (Cearáportos), Erasmo Pitombeira, parte do dinheiro já existe. Hoje, haverá reunião com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a licitação destes recursos. Lá, afirma, será discutido, então, um acréscimo no financiamento. Além deste, ele afirma que é possível angariar dinheiro com outras instituições de fomento, caso necessário. ´Conseguir financiamento para uma obra como uma refinaria á bastante possível´, garante. Entre as alterações pelas quais o porto deverá passar, está o aumento do Píer 2 em 350 metros (hoje é de 336,5 metros), o que representa mais dois berços, um de cada lado. Este píer foi inicialmente projetado para operar com granéis líquidos e gases liqüefeitos, devendo atender prioritariamente os produtos derivados de petróleo, mas, segundo Pitombeira, o píer será utilizado para o recebimento de petróleo. Os navios que chegarão a este terminal exigirão profundidade variando de 14 a 16 metros.
Terminal de Múltiplo Uso (TMUT), ainda a ser instalado, também deverá ser ampliado. A priori, o terminal previa dois berços, tendo que ter acrescentado ao projeto mais um, por conta da chegada da Companhia Siderúrgica de Pecém (CSP). Agora, a Petrobras pede mais dois berços, fazendo uma continuação do terminal. Estes seriam necessários para a exportação dos produtos elaborados pela refinaria, como gasolina e óleo diesel, produtos que trabalham com navios de grande porte, para os quais seriam necessários uma profundidade de até 20 metros, de acordo com a Petrobras.
´Nessa área, temos capacidade para 19 metros. Vamos fazer a batimetria, vamos ver a necessidade desses 20 metros. Isso são coisas que só se podem dizer depois de fazer o levantamento batimétrico, pra ver as profundidades, e o conhecimento muito profundo das condições de solo e subsolo´, explica, ressaltando que dragagens para acima de 18 metros são mais complicadas.
Como o edital do projeto do TMUT já estava planejado para ser enviado à licitação no próximo mês, ele deverá ir mesmo sem as alterações pedidas para a planta de refino. O prazo para que estejam prontas as obras é de 30 meses. O presidente da Cearáportos explica que o que deverá ser feito é fazer um novo orçamento e enviar, posteriormente, um outro edital contendo as novas ampliações.
O porto também terá que ampliar o seu molhe, ou seja, o quebra-mar que serve de proteção, para que possa ser feita as ampliações de píer.
´Vamos fazer grupos de trabalho específicos, ver o que eles querem e o que pode ser feito, e chegar a um acordo de delimitações. São obras de engenharia, não tem nada fora de padrão, então é possível fazê-las. Mas, como toda obra, precisa de estudo fundamental, porque são obras irreversíveis. Vamos ver a parte de engenharia, de medições, de geofísica, o que demanda prazo´, afirma Pitombeira. Segundo ele, estes estudos já devem estar sendo concluídos em um prazo de duas semanas.
O presidente da Cearáportos acrescenta que tais modificações serão importantes para elevar a importância do porto. ´São obras que dão um retorno, porque a movimentação do Pecém com elas deverá aumentar, o poder que ele tem de gerar recursos, faturamento, com isso, é muito grande´.
Fale Conosco
22