OTC 2008

Campo de Roncador é o grande destaque do segundo dia da feira

O campo de Roncador, na Bacia de Campos, litoral fluminense, é o grande destaque neste segundo dia da Offshore Technology Conference (OTC) em Houston, Texas, numa sessão técnica que promete ser bastante concorrida. Também hoje o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, concederá coletiv

Da Redação
06/05/2008 14:50
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O campo de Roncador, na Bacia de Campos, litoral fluminense, é o grande destaque neste segundo dia da Offshore Technology Conference (OTC) em Houston, Texas, numa sessão técnica que promete ser bastante concorrida. Também hoje o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, concederá coletiva a jornalistas da imprensa mundial escalados para a cobertura do evento, o maior do gênero em todo o mundo.

 

A sessão técnica acontece às 14h (hora de Houston), sendo dividida em sete palestras: uma panorâmica do desenvolvimento do campo, o histórico de um grande projeto brasileiro, as características das reservas e a estratégia de desenvolvimento dos poços, os desafios do campo, o desenvolvimento de facilidades (a P-52, por exemplo), o sistema de riser híbrido, as aplicações a partir das similaridades e as premissas de repetição na conversão de um FPSO. Participam da sessão como moderadores Jacques Braile Salies, da Petrobras América; e Sandepp Khurana, da Devon Energy.

 

Localizado na área norte da bacia de Campos, Roncador foi descoberto em outubro de 1996, com a perfuração do poço 1-RJS-436A. O campo possui uma área de 111 km² e está sob uma lâmina d'água (LDA) que varia de 1.500 a 1.900 metros.

 

Devido à extensão de sua área, o desenvolvimento da produção foi planejado para ocorrer em 4 módulos. A produção do campo teve início em 23 de janeiro de 1999, quando o navio de produção de posicionamento dinâmico (DP FPSO) Seillean foi interligado ao poço 1-RJS-436A por um sistema pioneiro, que na época recorde mundial de lâmina d'água: 1.853m.

 

Em maio de 2000 entrou em operação o Sistema de Produção do Módulo 1 de Roncador. Composto pela unidade de produção semi-submersível (SS) P-36 e pelo navio de estocagem (FSO) P-47. As inovações tecnológicas aplicadas pela Petrobras na implantação do Sistema Piloto de Roncador e no Sistema de Produção do Módulo 1 renderam à companhia o Distinguished Achievement Award da OTC 2001.

 

Atualmente o projeto da Fase 1 do Módulo 1A de Roncador é composto por 7 poços produtores, sendo 6 do Módulo 1A e 1 do Módulo 2, todos com suas linhas de produção de óleo conectadas diretamente ao FPSO-BRASIL, e 4 deles com suas linhas de gas-lift conectadas a um manifold submarino de gas-lift (MSGL-RO-01). Esse equipamento apresenta a vantagem de diminuir a carga sobre o FPSO ao permitir que apenas uma linha de injeção de gás possa ser ramificada para atender a mais de um poço, além de possibilitar, de subsuperfície, o comando eletro-hidráulico das válvulas de cada poço individualmente, a partir de sistemas de controle instalados diretamente no manifold. A injeção de água é feita através de dois poços satélites, também interligados ao FPSO-Brasil.

 

O óleo produzido é armazenado no FPSO é periodicamente transferido para um navio aliviador. Um gasoduto escoa o gás para o continente, através das Plataformas de Namorado 1 (PNA-1) ou Garoupa (PGP-1). O FPSO Brasil permanecerá em Roncador até 2012, quando então será feito o remanejamento de seus poços para a unidade de produção da Fase 2 do Módulo 1A, com exceção de dois deles, que devem ser remanejados no final de 2008: RO-17 para P-52 (Módulo 1A - Fase 2) e RO-50 para P-54 (Módulo 2).

 

A Fase 2, etapa de conclusão do Módulo 1A, entrou em produção em novembro de 2007 e compreende a utilização de uma unidade do tipo semi-submersível (SS), a P-52. Vinte e nove poços serão interligados à plataforma, sendo 18 produtores e 11 injetores de água. A exportação de óleo da P-52 é feita através de dutos submarinos a serem interligados a uma plataforma fixa situada em águas rasas, denominada Plataforma de Rebombeio Autônomo (PRA-1). O gás é exportado para o continente através das Plataformas de Namorado 1 (PNA-1) ou Garoupa (PGP-1). A P-52 permanecerá em operação até o final da vida produtiva do campo de Roncador.

 

O Módulo 2 consiste na utilização de uma embarcação do tipo FPSO, denominada P-54, que iniciou a produção em dezembro de 2007. Dezessete poços serão interligados à plataforma, sendo 11 produtores e 6 injetores de água. O escoamento do óleo é feito em tandem, através de um navio aliviador, enquanto o gás será escoado através das Plataformas de Namorado 1 (PNA-1) ou Garoupa (PGP-1).

 

O Módulo 3 consistirá de uma embarcação tipo semi-submersível, denominada P-55, que iniciará sua produção no ano de 2013, contando com uma capacidade de processamento de óleo de 180.000 bpd. Serão interligados dezoito poços a esta plataforma, sendo 11 produtores e 7 injetores. O escoamento do óleo será realizado através de 2 oleodutos, um direcionado à Plataforma de Rebombeio Autônomo (PRA-1) e o segundo direcionado para a P-54. Já o gás será exportado por um gasoduto que seguirá para PGP-1/PNA-1.

 

O Módulo 4 de Roncador encontra-se atualmente em fase de elaboração de Estudos de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) Conceitual. O projeto consistirá em uma embarcação tipo FPSO, denominada P-62, que iniciará sua produção em 2012. Estará ancorado em LDA de 1.800 m e terá capacidade de processamento para 180.000 bpd de óleo. Serão interligados dezesseis poços, sendo 10 produtores e 6 injetores.

 

A Petrobras, segundo estimativa realizada em janeiro de 2008, espera atingir em dezembro próximo uma produção de óleo de 380 mil bpd em Roncador, projetando pico de produção para 2014, quando espera ultrapassar a marca dos 480 mil barris/dia de produção.

 

Resumo do Campo de Roncador:

 

4 módulos: 2 em produção, 1 em desenvolvimento e 1 em estudo
Poços Produtores: 50 (módulos 1, 2, 3 e 4)
Poços Injetores: 30 (módulos 1, 2, 3 e 4)
Pico de produção: 484 mil bpd em 2014
Produção Média Realizada (óleo): 82 mil bpd em 2007
Produção Média Projetada (óleo): 265 mil bpd em 2008

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