Petróleo

Câmara deve votar nesta semana projeto dos royalties

Educação e saúde receberão, em 2014 R$ 4 bilhões.

Agência Brasil
08/07/2013 13:11
Visualizações: 389 (0) (0) (0) (0)

 

A Câmara dos Deputados deve votar nesta semana a proposta sobre os recursos da exploração do petróleo para a educação e saúde. O Senado adianta apenas que, no ano que vem, serão destinados aos dois setores R$ 4 bilhões vindos dos royalties pagos pela exploração do petróleo nos três campos em atividade no país, de acordo com o projeto de lei aprovado pela Casa. Já técnicos da Câmara dos Deputados calcularam que a proposta aprovada pelos senadores resultaria na redução de R$ 170,9 bilhões no repasse para as áreas, dos quase R$ 280 bilhões previstos pelo projeto aprovado nesta Casa do Legislativo.
O governo anunciou que vai negociar com os deputados para que seja aprovado o texto do Senado. Parlamentares se articulam e os deputados decidem se aprovam ou rejeitam o projeto na forma em que veio do Senado. Entidades civis estão se mobilizando para pressionar o Congresso por mais recursos na educação.
Segundo relatório da Consultoria de Recursos Minerais, Hídricos e Energéticos da Câmara dos Deputados, de autoria do consultor Paulo César Ribeiro Lima, de 2013 a 2022, pelo substitutivo do Senado, as receitas adicionais para saúde e educação com a exploração de petróleo chegariam a R$ 108,1 bilhões, enquanto, com a proposta da Câmara, somariam de R$ 261,4 bilhões a R$ 279 bilhões, "sem conservadorismo", como especifica a nota técnica da Casa. Com as alterações, os recursos da educação serão reduzidos de R$ 209,3 bilhões para R$ 97,4 bilhões, e os recursos da saúde cairão de R$ 69,7 bilhões para R$ 10,7 bilhões - tomadas as previsões não conservadoras.
Na sexta-feira (5), o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), deu esclarecimentos sobre os pontos que considerou “premissas equivocadas” no texto aprovado pela Câmara. Em nota técnica, o líder diz que as alterações introduzidas no Senado buscaram aprimorar o texto aprovado na Câmara minimizando o risco de judicialização e evitando o uso indevido do Fundo Social.
O projeto aprovado na Câmara prevê que 50% do capital do fundo devem ir para educação e saúde. Já no projeto aprovado no Senado, serão destinados metade dos rendimentos do fundo para educação, como constava no projeto original enviado pela presidenta Dilma Rousseff, ao Congresso Nacional.
Braga diz que não sabe quanto, em valores, será destinado à educação, disse que "isso pode variar". O senador, no entanto, reconheceu que a parcela dos royalties não é suficiente para garantir 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, mesmo que 100% destes recursos fossem destinados exclusivamente à área.
Na avaliação do mestre em políticas públicas em educação da Universidade de Brasília Luiz Araújo, "o texto aprovado pela Câmara dos Deputados é bem-vindo, mesmo que não resolva tudo". "Acho um retrocesso aprovar o texto que o Senado aprovou, uma demonstração de que não se ouviu o discurso das ruas. É impossível garantir um 'padrão Fifa', ou seja, alta qualidade, sem a elevação de recursos".
O professor de matemática financeira da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Gil Vicente Reis Figueiredo fez uma projeção de quanto seria destinado à educação na forma como estava editada a Medida Provisória 592/12 - texto que basicamente se manteve no projeto de lei enviado à Câmara pelo governo. O professor também acredita que a aprovação do texto do Senado é um retrocesso. “O que saiu da Câmara ia em uma boa direção e no Senado foi emendada de um jeito muito complicado”.
Para chegar aos 10% do PIB para a educação, previstos no Plano Nacional de Educação (PNE), Figueiredo, que também é da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), defende o aumento da vinculação do que é arrecadado pela União e pelos estados e municípios para o setor. Pela Constituição Federal, 18% do que é arrecadado pela União e 25% do recolhido pelos estados e municípios devem ir para o setor. O professor defende que a porcentagem suba para 20% no caso da União, e 30% para os municípios.

A Câmara dos Deputados deve votar nesta semana a proposta sobre os recursos da exploração do petróleo para a educação e saúde. O Senado adianta apenas que, no ano que vem, serão destinados aos dois setores R$ 4 bilhões vindos dos royalties pagos pela exploração do petróleo nos três campos em atividade no país, de acordo com o projeto de lei aprovado pela Casa. Já técnicos da Câmara dos Deputados calcularam que a proposta aprovada pelos senadores resultaria na redução de R$ 170,9 bilhões no repasse para as áreas, dos quase R$ 280 bilhões previstos pelo projeto aprovado nesta Casa do Legislativo.


O governo anunciou que vai negociar com os deputados para que seja aprovado o texto do Senado. Parlamentares se articulam e os deputados decidem se aprovam ou rejeitam o projeto na forma em que veio do Senado. Entidades civis estão se mobilizando para pressionar o Congresso por mais recursos na educação.


Segundo relatório da Consultoria de Recursos Minerais, Hídricos e Energéticos da Câmara dos Deputados, de autoria do consultor Paulo César Ribeiro Lima, de 2013 a 2022, pelo substitutivo do Senado, as receitas adicionais para saúde e educação com a exploração de petróleo chegariam a R$ 108,1 bilhões, enquanto, com a proposta da Câmara, somariam de R$ 261,4 bilhões a R$ 279 bilhões, "sem conservadorismo", como especifica a nota técnica da Casa. Com as alterações, os recursos da educação serão reduzidos de R$ 209,3 bilhões para R$ 97,4 bilhões, e os recursos da saúde cairão de R$ 69,7 bilhões para R$ 10,7 bilhões - tomadas as previsões não conservadoras.


Na sexta-feira (5), o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), deu esclarecimentos sobre os pontos que considerou “premissas equivocadas” no texto aprovado pela Câmara. Em nota técnica, o líder diz que as alterações introduzidas no Senado buscaram aprimorar o texto aprovado na Câmara minimizando o risco de judicialização e evitando o uso indevido do Fundo Social.


O projeto aprovado na Câmara prevê que 50% do capital do fundo devem ir para educação e saúde. Já no projeto aprovado no Senado, serão destinados metade dos rendimentos do fundo para educação, como constava no projeto original enviado pela presidenta Dilma Rousseff, ao Congresso Nacional.


Braga diz que não sabe quanto, em valores, será destinado à educação, disse que "isso pode variar". O senador, no entanto, reconheceu que a parcela dos royalties não é suficiente para garantir 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, mesmo que 100% destes recursos fossem destinados exclusivamente à área.


Na avaliação do mestre em políticas públicas em educação da Universidade de Brasília Luiz Araújo, "o texto aprovado pela Câmara dos Deputados é bem-vindo, mesmo que não resolva tudo". "Acho um retrocesso aprovar o texto que o Senado aprovou, uma demonstração de que não se ouviu o discurso das ruas. É impossível garantir um 'padrão Fifa', ou seja, alta qualidade, sem a elevação de recursos".


O professor de matemática financeira da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Gil Vicente Reis Figueiredo fez uma projeção de quanto seria destinado à educação na forma como estava editada a Medida Provisória 592/12 - texto que basicamente se manteve no projeto de lei enviado à Câmara pelo governo. O professor também acredita que a aprovação do texto do Senado é um retrocesso. “O que saiu da Câmara ia em uma boa direção e no Senado foi emendada de um jeito muito complicado”.


Para chegar aos 10% do PIB para a educação, previstos no Plano Nacional de Educação (PNE), Figueiredo, que também é da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), defende o aumento da vinculação do que é arrecadado pela União e pelos estados e municípios para o setor. Pela Constituição Federal, 18% do que é arrecadado pela União e 25% do recolhido pelos estados e municípios devem ir para o setor. O professor defende que a porcentagem suba para 20% no caso da União, e 30% para os municípios.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Pessoas
BRAVA Energia anuncia Carlos Travassos como novo Diretor...
28/04/25
OTC 2025
Indústria brasileira vai à OTC 2025 buscando ampliar sua...
28/04/25
Energia Elétrica
Mês de maio tem bandeira amarela acionada
28/04/25
Energia Elétrica
Prime Energy expande atuação em Minas Gerais
28/04/25
Resultado
PPSA encerra 2024 com lucro de R$ 28,8 milhões
28/04/25
Seminário
Estaleiro Mauá realiza Seminário Soluções e Inovações de...
28/04/25
Etanol
Hidratado e anidro fecham a semana em baixa
28/04/25
Etanol
MG deverá colher 77,2 milhões de toneladas de cana na sa...
28/04/25
Bunker
Petrobras e Vale celebram parceria para teste com bunker...
25/04/25
Pessoas
Thierry Roland Soret é o novo CEO da Arai Energy
25/04/25
Combustível
ANP concede autorização excepcional para fornecimento de...
25/04/25
Sísmica
ANP aprova aprimoramento de normas sobre dados digitais ...
25/04/25
RenovaBio
Regulação do RenovaBio trava o mercado e ameaça metas de...
25/04/25
Bacia de Santos
Oil States do Brasil fecha novo contrato com a Petrobras...
24/04/25
Oportunidade
Últimos dias para se inscrever no programa de estágio da...
24/04/25
ESG
Necta Gás Natural reforça compromisso com princípios ESG...
24/04/25
Investimentos
Bahia vai receber fábrica de metanol e amônia verdes e o...
24/04/25
Pré-Sal
Parceria entre CNPEM e Petrobras mira uso do Sirius para...
24/04/25
Meio Ambiente
Porto do Açu e Repsol Sinopec Brasil assinam acordo para...
23/04/25
Combustíveis
Gasolina em Alta: Como o Preço do Petróleo e do Dólar In...
23/04/25
Diesel
Após reajuste da Petrobras, preço do diesel volta a cair...
23/04/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22