Redação TN Petróleo/Assessoria
Quem atua no setor de óleo e gás sabe que macacões, calças e jalecos são vestimentas características dos trabalhadores dessa área. Mas o que acontece quando a vida útil dessas peças chega ao fim? Em vez de simplesmente descartá-las, a Bunker One decidiu transformá-las. Os tradicionais macacões vermelhos usados nas operações de abastecimento realizadas por sua subsidiária Nova Offshore agora viram ecobags. E essa é só a primeira etapa de um projeto pioneiro da gigante dinamarquesa de fornecimento de combustíveis marítimos. Os retalhos dos macacões que são insuficientes para a produção de bolsas reutilizáveis, em breve, virarão estojos.
Gerar renda e movimentar a comunidade local de Niterói, onde fica a base de operações de abastecimento da Nova Offshore, estão no cerne do projeto. Por isso, a transformação das vestimentas em novas peças é feita pelas costureiras da ONG Mulheres do Sul Global, negócio social da cidade, que busca o empoderamento econômico de mulheres refugiadas e em situação de vulnerabilidade. A parceria conta também com a colaboração da empresária Vanessa Fraga, membro da Comissão de Direito da Moda da OAB-Niterói e responsável pelo Charlotte Brechó, referência em upcycling e certificado pela Secretaria do Clima de Niterói por boas práticas de neutralização de carbono.
O projeto começou a tomar forma em maio, com o envio dos primeiros macacões ao Charlotte Brechó, que faz o encaminhamento à ONG. Antes disso, o material é higienizado por uma empresa especializada. Assim, as vestimentas chegam limpas às mãos das costureiras, sem qualquer resíduo químico da cadeia de óleo e gás. Além de fornecer o material para a confecção das bolsas, a Bunker One remunera a ONG por peça produzida, garantindo que ao menos 60% do valor fique diretamente com as costureiras. As primeiras entregas das peças ocorreram em setembro. E a expectativa é manter um fluxo de produção constante, já que a meta é desperdício zero e ainda há muito a ser transformado.
"A Bunker One Brasil é uma empresa cada vez mais sustentável. Já compensamos 100% das nossas emissões de carbono nos escopos 1 e 2 (emissões diretas e indiretas) e estamos realizando testes com biocombustíveis. Ainda assim, é importante ter práticas amigáveis em relação ao meio ambiente em todas as esferas e diminuir o nosso impacto sobre a natureza. A reciclagem de uniformes é um passo natural, alinhada aos nossos objetivos para um planeta e um país mais sustentáveis", afirma Flavio Ribeiro, CEO da Bunker One Brasil. "Além do upcycling, nossa intenção com o projeto é atuar com a mão de obra local."
Glória Sousa, responsável pela área de ESG da Bunker One, explica que a vida útil dos macacões varia muito, dependendo de quem usa e do trabalho desempenhado. Não há um prazo exato para o descarte, até mesmo para evitar a geração de mais resíduos e que o upcycling vire um fim em si mesmo. E, como o upcycling não passa por processo industrial, se a peça tem um furo ou uma mancha, por exemplo, pode não gerar a mesma quantidade de subprodutos. Cada macacão pode levar à confecção de até duas bolsas, mas isso vai depender do estado da peça.
"O ideal é desperdício zero. Por isso, as peças não podem ser transformadas apenas em bolsas, porque há sobra de retalhos. Para usar tudo, incluímos o estojo na produção, que é menor e mais fácil de adaptar aos tecidos disponíveis. As bolsas serão utilizadas para fins corporativos. Já os estojos, em uma segunda etapa do projeto, devem ser distribuídos à comunidade escolar, gerando um impacto social ainda maior", destaca Glória.
Outro ponto importante na parceria entre a Bunker One e as Mulheres do Sul Global é a garantia de um fluxo constante de pedidos, ajudando a garantir o empoderamento econômico dessas mulheres, que precisam de uma fonte de renda justa e duradoura.
"O projeto responde a essa necessidade. Uma empresa tem um fluxo maior de resíduos do que as pessoas individualmente. E isso é uma segurança para elas. A ideia é que o projeto se mantenha. Temos um universo de produtos que pode ser explorado. Estojo, mochila, mala, outras necessidades podem ser alvo desse processo de upcycling", diz a especialista.
O projeto é pioneiro em termos globais na Bunker One e entrou no relatório de ESG da companhia. A expectativa é que essa experiência seja replicada por outros escritórios da companhia dinamarquesa e até mesmo por outras empresas do setor de óleo e gás.
Saiba mais sobre o projeto: https://upcyclingbunkerone.com/
Sobre a Bunker One - A Bunker One é subsidiária do grupo dinamarquês Bunker Holding, líder global no fornecimento e comercialização de combustíveis marítimos, com cerca de 15% de marketshare global. A Nova Offshore é subsidiária da Bunker One Brasil e responsável pelas operações de abastecimento. Com mais de 60 escritórios em 32 países, a Bunker Holding opera globalmente e atua como physical supplier por meio da Bunker One. No Brasil, a empresa é a única fornecedora de combustíveis marítimos com controle de todas as etapas da operação, oferecendo experiência local e cobertura global. Saiba mais em https://bunkerone.com/.
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