Eletricidade

Brix inicia as operações da plataforma eletrônica de negociação de energia elétrica

A etapa marca a primeira fase da iniciativa que tem como objetivo transformar a plataforma em uma bolsa de energia elétrica. Inicialmente o negócio atenderá aos mais de 1.400 agentes que atuam no Ambiente de Contratação Livre (ACL), também chamado de mercado livre, que representa aproximadamen

Redação
26/07/2011 17:28
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A Brix anuncia o início da negociação eletrônica de contratos de energia elétrica por meio de sua inovadora plataforma. Inicialmente o negócio atenderá aos mais de 1.400 agentes que atuam no Ambiente de Contratação Livre (ACL), também chamado de mercado livre, que representa aproximadamente 25% da energia consumida no país. A plataforma, lançada em abril deste ano, estará disponível a partir de 28 de julho, e os contratos terão liquidação com entrega/recebimento físico de energia elétrica por meio de registro na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

A operação começa com cerca de 30 participantes de vários setores e perfis, como: CESP, Eletronorte, Quanta, Bunge, White Martins, Rexam, Eucatex, Ibrame Laminação, Coteminas, MPX, Seal Energy, Agroenergia Comercializadora e Compass. Juntas, as geradoras que já aderiram à plataforma têm uma capacidade instalada de 18 mil MW médios, o suficiente para atender quase duas vezes a carga do Mercado Livre.

Outras 100 empresas estão em processo de análise da documentação de adesão à BRIX (Acordo de Participação e Contrato de Compra e Venda de Energia Elétrica – CCVEE). “Tivemos adesões importantes e estamos confiantes de que outras empresas também serão atraídas pelas vantagens de negociar energia por meio da BRIX”, afirma Marcelo Mello, CEO da BRIX.

Desde o início, serão comercializados diversos produtos: “Energia Convencional” (a preço fixo e a PLD + Prêmio) e “Energia Incentivada” (a preço fixo), por meio de contratos com vencimentos mensais, trimestrais, semestrais e anuais, até 2013, e com entrega nos 4 submercados brasileiros (Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte).

A companhia já planeja, contudo, agregar novos produtos à plataforma, tais como: contratos de energia incentivada sem desconto e com 100% de desconto na TUSD (Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição), bem como contratos de energia incentivada com entrega durante o período de safra sucroalcooleira. “Eventualmente, se identificarmos outras demandas, teremos todo o interesse em agregar novos produtos e vencimentos à plataforma”, confirma Mello.

Numa segunda etapa, com o lançamento de contratos bilaterais de derivativos de energia com liquidação financeira, o acesso à plataforma será ampliado permitindo a participação de instituições financeiras.

Em uma terceira fase, a Brix lançará contratos de derivativos com liquidação financeira e risco multilateral suportados pela criação de uma “clearing house”, e que eliminarão os riscos de crédito entre as contrapartes.

“Cada uma das fases será implementada conforme a evolução do mercado, mas, já nessa primeira etapa os agentes poderão usufruir dos benefícios da plataforma: aumento da liquidez, mais transparência e segurança nas operações, eficiência na formação de preço e redução de custo transacional”, destaca Mello.

Posteriormente, outra inovação que a plataforma vai proporcionar é a publicação do índice Brix Spot, indicando a evolução de preços no mercado de curto prazo a partir das negociações realizadas.

Os agentes participantes da Brix terão acesso a preços de todos os contratos negociados, sem incorrer em custo algum. Os emolumentos (fees) só são devidos quando uma operação é fechada. “A plataforma vai beneficiar o setor elétrico brasileiro e a economia como um todo”, afirma Mello.

Sobre o Funcionamento

A operação é toda feita por meio de ambiente em plataforma web no site www.brix.com.br e não requer hardware ou software específico. Os agentes assinam um acordo de participação com a Brix, comprometendo-se a respeitar as regras e os procedimentos da negociação on line. Em seguida, cada participante estabelece limites de crédito bilateral, em megawatt (MW), para negociação com cada um dos demais participantes. Essa medida define limite máximo de risco aceitável com as outras contrapartes. Feito isso, por meio de login e senha, os agentes têm acesso à plataforma de negociação.

Os lances são anônimos até o fechamento da operação de compra e venda. Concluída a transação, as duas contrapartes que negociaram entre si recebem uma mensagem de confirmação. O risco da operação segue sendo bilateral. O pagamento, bem como registro obrigatório de energia elétrica correspondente na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em breve poderá ser efetuado eletronicamente por meio do próprio sistema da Brix.
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