Revista TN Petróleo, Redação
A Câmara de Comércio Brasil-Texas (Bratecc) realizou por mais um ano seu tradicional café da manhã, paralelamente a Offshore Technology Conference (OTC). No encontro, representantes importantes da indústria petrolífera brasileira apresentaram os potenciais negócios do setor no Brasil para o intercâmbio de negócios com empresas americanas.
A primeira apresentação foi de Oswaldo Pedrosa, presidente da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), que tratou do consórcio de Libra, indicou as novas regras de exploração aplicadas ao regime de partilha e o papel da PPSA no pré-sal. Para ele, o principal desafio do pré-sal são as altas exigências de conteúdo local frente a necessidade do rápido desenvolvimento da área.
Anelise Lara, gerente executiva da Petrobras para a área de Libra, apresentou o cronograma do campo, que tem seu primeiro Teste de Longa Duração (TLD) previsto para o final de 2016. A gerente enfatizou que serão necessários 11 sistemas de produção submarinos entre 2020 e 2030.
"A quantidade de conteúdo local exigido para cada etapa de desenvolvimento de Libra varia de acordo com o calendário, processos e volume de produção, mas independentemente disso já sabemos que o conteúdo local exigido para os bens e serviços ao longo de todo esse processo de exploração e produção será um desafio", comentou.
O bloco de Libra está localizado em águas ultraprofundas no pré-sal da Bacia de Santos. A área possui 1.547,76 km2 e foi descoberta com a perfuração do poço 2-ANP-0002ARJS, em 2010.
A preocupação de conteúdo local foi reforçada por Paulo Alonso, assessor da presidência da Petrobras para conteúdo local e coordenador executivo do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp). Ele disse que a Petrobras precisa e quer atender a exigência de conteúdo local da indústria brasileira, mas precisa dele em bases competitivas e sustentáveis. Alonso sugeriu a parceria de empresas brasileiras com empresas estrangeiras para o efetivo atendimento dessas demandas.
Magda Chambriard, diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), fechou o evento indicando que os projetos brasileiros representaram grandes investimentos por muitos anos e as diversas áreas onshore e offshore, contratadas em 2013, deverão resultar ainda mais investimentos exploratórios.
"No Brasil, as oportunidades exploratórias vão muito além do pré-sal. Este ano, por exemplo, a ANP está focando seus estudos na área da margem leste brasileira", finalizou a diretora.
Fale Conosco
22