Jornal do Commercio
Após obter financiamento para a construção da fábrica de polietileno a partir do etanol da cana-de-açúcar no Rio Grande do Sul, a Braskem negocia uma nova linha de crédito de R$ 500 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Negociamos com o banco de fomento a contratação de uma outra linha, só que na modalidade Calc (Contrato de abertura de linha de crédito)”, disse o vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da Braskem, Carlos Fadigas.
De acordo com o executivo, essa nova linha de crédito tem como objetivo suportar os investimentos de menor porte em curso na companhia. “Esses recursos serão utilizados em paradas de manutenção, em desgargalamentos que aumentem um pouco a nossa produtividade, otimização de processos, reposição de maquinários, entre outros. Pelo tamanho do parque industrial da Braskem, esses investimentos são fundamentais”, explicou Fadigas.
Por ser uma espécie de crédito pré-aprovado, o executivo afirmou que a modalidade Calc facilita o acesso a recursos de financiamento em projetos de menor porte. “Os recursos serão sacados pela companhia na medida em que comprovamos os gastos com os projetos. Isso simplifica a vida de todos os envolvidos”, disse. A expectativa de Fadigas é de que as negociações com o BNDES para esta operação sejam concluídas no segundo semestre deste ano. “Isso não significa, porém, que os R$ 500 milhões serão sacados integralmente em 2009″, ponderou o executivo.
Para 2009, a meta da Braskem é investir R$ 900 milhões, dos quais R$ 123 milhões já foram aplicados no primeiro trimestre. Em função do cenário adverso no mercado de resinas por conta da crise econômica internacional, a companhia não descarta postergar uma parcela dos investimentos para 2010.
Ontem, o BNDES aprovou um financiamento de R$ 555,6 milhões para a construção da fábrica de polietileno a partir de etanol no Pólo Petroquímico de Triunfo (RS), cuja pedra fundamental foi lançada ao final de abril deste ano.
A Braskem anunciou ontem que decidiu paralisar uma fábrica no pólo petroquímico de Camaçari, na Bahia, encarregada de produção de nylon.
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