Finanças

Braskem consolida nova estrutura de capital

Ingresso de US$ 539 milhões em novas operações reduzem o custo de capital da empresa, alongando o prazo médio da dívida para 11 anos.

Redação
06/07/2005 03:00
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A Braskem concluiu, nas últimas semanas, algumas operações financeiras no mercado internacional e doméstico, que proporcionaram à companhia o ingresso de recursos da ordem de US$ 539 milhões. Entre as operações mais recentes está o lançamento de um bond perpétuo no valor de US$ 150 milhões. Em nota, a Braskem informa que foi a primeira empresa não-financeira do país a emitir esse título, sem prazo de vencimento, no exterior. Com essas iniciativas e uma liquidez de cerca de US$ 1,0 bilhão, a companhia amplia sua competitividade e flexibilidade estratégica e financeira.
"A Braskem encerra importante etapa de consolidação de sua estrutura de capital e inicia nova etapa de crescimento com foco na criação de valor e na disciplina de capital", afirma Paul Altit, vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores. O prazo médio da dívida após essas captações foi alongado para 11 anos.
A operação do bond perpétuo, no valor de US$ 150 milhões, tem taxa de remuneração de 9,75% ao ano. A Braskem emitiu outro bond de igual valor, mas com prazo de 10 anos, pagando taxa de 9,375% ao ano. As captações no mercado internacional serão destinadas à substituição de dívida em moeda estrangeira mais onerosas e de menor prazo.
Ainda dentro do contexto de redução da despesa financeira, foi concluída em 30 de junho a renegociação de uma operação de pré-pagamento de exportação no valor de US$ 200 milhões, com prazo estendido para 5 anos e taxa de juros reduzida em 3% ao ano em relação à operação anterior.
Outra operação de vulto envolveu uma emissão de R$ 300 milhões em debêntures no mercado doméstico, com remuneração de 104,1% do CDI.
Com as captações mais recentes, a Braskem fortalece sua estrutura financeira para fazer frente aos investimentos previstos em seus programas de crescimento e para movimentos estratégicos caso surjam novas oportunidades de consolidação do setor petroquímico no Brasil e na região, em linha com sua estratégia de criação de valor para os acionistas e com seu projeto de internacionalização.
Nesse contexto, a Braskem anunciou recentemente a decisão de implementar, em conjunto com a Petroquisa, uma unidade para produção de polipropileno em São Paulo com capacidade inicial de 300 mil toneladas/ano e potencial para chegar a 350 mil. A companhia também anunciou, como resultado prático do memorando de entendimento assinado em 14 de fevereiro com a Pequiven, o início dos estudos para a implementação de uma planta de polipropileno na Venezuela com capacidade para produzir 400 mil toneladas/ano no Complexo Petroquímico de El Tablazo. Esses projetos estão em linha com a estratégia da Braskem de liderar o mercado de polipropileno na América Latina.

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