Entretanto ainda falta regras de investimento para este segmento.
Redação TNOs reservatórios não convencionais foi outro tema abordado nos debates desta segunda-feira (17) na Rio Oil & Gas 2012. Durante o painel, a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) informou que calcula um potencial da ordem de 208 TCF recuperáveis de gás natural não convencional nas bacias do Parnaíba, Parecis e Recôncavo.
Segundo Olavo Colela Junior, conselheiro da ANP, até agora há pouco investimento nesta técnica de exploração no Brasil, mas as empresas já se debruçam sobre o tema e a agência estuda uma regulação para o setor.
Bob Fryklund, vice presidente de pesquisa de energia da IHS Cera, informou ainda que falta regras de investimento que englobem mais os reservatórios não convencionais no Brasil. A falta de uma infra-estrutura eficaz no país também foi levantada pelo executivo como uma entrave.
De acordo com Fryklund as lições aprendidas na América do Norte, como o uso de fraturamento hidráulico nesses reservatórios deve ser aplicado no Brasil. Dentre outras vantagens, ele enfatizou a rápida taxa de retorno que esta tecnologia proporciona.
O executivo comentou ainda sobre o potencial do petróleo "tight" (extraído de formações rochosas densas), que deve aumentar dramaticamente ao longo da década. Segundo ele, até o fim desta década, o hemisfério ocidental pode estar importando muito pouco petróleo do hemisfério oriental.
Além disso, um levantamento recente da KPMG indica que o Brasil pode se tornar o segundo maior produtor desse tipo de energia, considerada estratégica para a matriz mundial no futuro. De acordo com o estudo, o país é hoje o décimo entre os detentores de reservas de shale gas no mundo, com reservas estimadas de 226 bilhões de m³.
A diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, já reuniu-se com autoridades regulatórias nos Estados Unidos para detalhar as leis locais. “Queremos ver como funciona a regulação deles”, disse a executiva. A Petrobras criou uma equipe liderada pelo geólogo Mário Carminatti, da Diretoria de Exploração e Produção, para estudar o assunto, discretamente, como forma de evitar uma elevação de preços.
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