"Se tudo der certo na construção dos módulos da P-51 e P-52, no estaleiro Mac Laren, em Niterói, essa atividade pode ser transferida para o Brasil de forma a atender a demanda internacional da Rolls-Royce", disse Francisco Itzaina, presidente da Rolls-Royce na América do Sul.
O Brasil pode se tornar a base de construção e exportação de módulos de geração de energia de plataformas construídos pela Rolls-Royce. Segundo o presidente da companhia na América do Sul, Francisco Itzaina, se tudo der certo na construção dos módulos da P-51 e P-52, no estaleiro Mac Laren, em Niterói, essa atividade pode ser transferida para o Brasil de forma a atender a demanda internacional da Rolls-Royce.
O executivo ressalta que esta é uma tendência mundial. "Da mesma forma que não se pode transferir a fábrica de turbinas da Inglaterra, também se pode fazer de outros países um pólo de fabricação de outros equipamentos ou serviços. Cingapura, por exemplo, levou a fábrica da Rolls-Royce de células combustível", exemplifica.
A empresa ganhou seis concorrências da Petrobras em oito que participou recentemente. Atualmente, estão em construção os módulos de geração de energia das plataformas P-51 e P-52, mas a empresa forneceu os módulos para as P-43 e P-48 e ganhou a licitação da P-53 e da PRA-1. Além de fornecer turbinas para termelétricas e ser líder no fornecimento de equipamentos para navios de apoio offshore.
Itzaina admite que a licitação da Transpetro é uma possibilidade de novos negócios, mas evita falar de percentuais ou expectativas de lucros em função das futuras encomendas da estatal aos staleiros brasileiros. Segundo o executivo, a Rolls-Royce estaria apta a fornecer lemes, máquinas de leme, equipamentos de convés e de automação para os grandes petroleiros.
A companhia tambéme está atenta à possibilidade de fornecimento de turbinas para termelétricas, uma vez que a Petrobras anunciou investimentos de R$ 6,7 bilhões no setor de gás e energia. "O Brasil vai precisar de novas termelétricas", comenta Itzaina, que informou que a empresa também pretende participar das licitações para os módulos de geração de energia da P-55 e P-57.
Manutenção - Além de estar atento a novos negócios, a Rolls-Royce também pretende abrir um escritório de manutenção em Macaé (RJ) até o final do ano. O objetivo é fornecer serviços de manutenção para as turbinas das plataformas já em operação na Bacia de Campos. "Pretendemos entregar a próxima unidade até o final do ano e até o início do ano que vem, o escritório já deverá estar funcionando", calcula Itzaina. Inicialmente serão contratados 40 profissionais, principalmente engenheiros, e em dois anos já deverão ser 120.
Fale Conosco
22