Eletricidade

Brasil pode prevenir crise energética com reservatórios reguláveis

Comitê Brasileiro de Barragens estimula o debate.

Agência Brasil
05/08/2013 12:37
Visualizações: 268 (0) (0) (0) (0)

 

O Comitê Brasileiro de Barragens (CBDB) quer estimular no país um debate técnico sobre a importância do uso múltiplo dos reservatórios das usinas hidrelétricas, disse à 'Agência Brasil' o presidente do comitê, Erton Carvalho.
Segundo ele, o CBDB defende o uso do sistema de regularização de reservatórios. Esse tipo de reservatório tem capacidade para estocagem de água nos períodos chuvosos visando a sua utilização no período de seca. “Os estudos devem contemplar a formação de reservatórios que permitam estocar água, regularizar os cursos d'água e reter água para uso posterior nos períodos de estiagem”, manifestou.
Ele observou que os 42 reservatórios existentes na bacia dos rios Paraná e Rio Grande, até Itaipu, com 820 mil quilômetros quadrados, são reservatórios de vazão. “Essa cascata tem sido utilizada para gerar energia, para controle de cheias”, disse. Os reservatórios das usinas brasileiras têm sido usados também para projetos de irrigação. Um exemplo é a Bacia do Rio São Francisco, disse Carvalho, que permitiu o desenvolvimento da produção de frutas na região. Lembrou também que nas cabeceiras do Rio São Francisco existe a manutenção de uma vazão mínima para melhorar as condições de navegação.
“No momento em que [há] água armazenada, [há] energia armazenada. Água que pode atender a outras finalidades, como o abastecimento de água à população”, observou. Depois de 2007, com o surgimento de exigências ambientais mais rigorosas, não estão sendo feitas mais no Brasil usinas hidrelétricas com reservatórios de regularização.
“As usinas que fazem barragens para gerar energia estão trabalhando no que nós chamamos  de fio d'água. A barragem não acumula água. Ela [usina] gera à medida que o rio contribui. Na cheia, gera mais; na seca, gera muito pouco porque não há água acumulada, disse.
O comitê considera que essa política, imposta pelas restrições ambientais, tem de ser reavaliada. O segundo problema é a poluição. Disse que o impacto ambiental é muito mais severo nas térmicas que utilizam combustíveis fósseis, porque elas emitem gases de efeito estufa em quantidades consideráveis. “A sociedade tem que discutir isso, com profundidade”, asseverou. Disse que a energia eólica (gerada pelos ventos) é importante para a matriz energética brasileira, mas não entra na base do sistema porque sua produção não é constante no tempo. “Ela entra para complementar essa energia de base”.
O setor elétrico brasileiro tem atualmente um dos maiores sistemas interligados do mundo, com 12 mil quilômetros de linhas de alta tensão, acima de 230 quilovolts (kV), que interliga o sistema e permite o uso otimizado dos reservatórios de todo o país. Carvalho reiterou que isso só pode ser feito com o uso dos reservatórios que “estocam água, isto é, estocam energia”, permitindo que ela possa ser transportada por esse sistema.

O Comitê Brasileiro de Barragens (CBDB) quer estimular no país um debate técnico sobre a importância do uso múltiplo dos reservatórios das usinas hidrelétricas, disse à 'Agência Brasil' o presidente do comitê, Erton Carvalho.


Segundo ele, o CBDB defende o uso do sistema de regularização de reservatórios. Esse tipo de reservatório tem capacidade para estocagem de água nos períodos chuvosos visando a sua utilização no período de seca. “Os estudos devem contemplar a formação de reservatórios que permitam estocar água, regularizar os cursos d'água e reter água para uso posterior nos períodos de estiagem”, manifestou.


Ele observou que os 42 reservatórios existentes na bacia dos rios Paraná e Rio Grande, até Itaipu, com 820 mil quilômetros quadrados, são reservatórios de vazão. “Essa cascata tem sido utilizada para gerar energia, para controle de cheias”, disse. Os reservatórios das usinas brasileiras têm sido usados também para projetos de irrigação. Um exemplo é a Bacia do Rio São Francisco, disse Carvalho, que permitiu o desenvolvimento da produção de frutas na região. Lembrou também que nas cabeceiras do Rio São Francisco existe a manutenção de uma vazão mínima para melhorar as condições de navegação.


“No momento em que [há] água armazenada, [há] energia armazenada. Água que pode atender a outras finalidades, como o abastecimento de água à população”, observou. Depois de 2007, com o surgimento de exigências ambientais mais rigorosas, não estão sendo feitas mais no Brasil usinas hidrelétricas com reservatórios de regularização.


“As usinas que fazem barragens para gerar energia estão trabalhando no que nós chamamos  de fio d'água. A barragem não acumula água. Ela [usina] gera à medida que o rio contribui. Na cheia, gera mais; na seca, gera muito pouco porque não há água acumulada, disse.


O comitê considera que essa política, imposta pelas restrições ambientais, tem de ser reavaliada. O segundo problema é a poluição. Disse que o impacto ambiental é muito mais severo nas térmicas que utilizam combustíveis fósseis, porque elas emitem gases de efeito estufa em quantidades consideráveis. “A sociedade tem que discutir isso, com profundidade”, asseverou. Disse que a energia eólica (gerada pelos ventos) é importante para a matriz energética brasileira, mas não entra na base do sistema porque sua produção não é constante no tempo. “Ela entra para complementar essa energia de base”.


O setor elétrico brasileiro tem atualmente um dos maiores sistemas interligados do mundo, com 12 mil quilômetros de linhas de alta tensão, acima de 230 quilovolts (kV), que interliga o sistema e permite o uso otimizado dos reservatórios de todo o país. Carvalho reiterou que isso só pode ser feito com o uso dos reservatórios que “estocam água, isto é, estocam energia”, permitindo que ela possa ser transportada por esse sistema.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Gás Natural
ANP autoriza interconexão de gasodutos da NTS e da TAG e...
06/01/25
Internacional
API se opõe a mais restrições ao desenvolvimento de petr...
06/01/25
Etanol
Anidro volta a subir e hidratado registra a 3ª alta segu...
06/01/25
Gás Natural
Bravo Serviços Logísticos expande frota com caminhões su...
06/01/25
Seminário
Firjan: em 2025, estado do Rio continuará líder em produ...
03/01/25
Gás Natural
Entidades defendem retirada de gás processado e biometan...
03/01/25
Combustíveis
Etanol sobe 18,61% e gasolina 9,39% no acumulado de 2024
03/01/25
Oportunidade
Ocyan oferece 300 vagas na área de manutenção e serviço...
02/01/25
Gás Natural
PRIO inicia operação de comercializadora de gás
02/01/25
Indústria Naval
Nova Resolução sobre o Fundo da Marinha Mercante deve co...
02/01/25
E&P
Constellation anuncia extensão de contrato para a Atlant...
02/01/25
Brasil
Petrobras informa sobre nova Lei para o setor de óleo e gás
28/12/24
Rio de Janeiro
Orizon e Gás Verde se unem para expandir produção de bio...
23/12/24
Apoio Offshore
OceanPact assina contrato de R$ 697 milhões com Petrobra...
20/12/24
Curso
Firjan SENAI e PRIO promovem Hackathon Reação Offshore
20/12/24
Parceria
Petrobras assina Protocolo de Intenções com a CSN
20/12/24
Petrobras
Unidade de SNOX na RNEST entra em operação
20/12/24
Etanol
Câmara aprova programa de incentivo a fontes renováveis ...
20/12/24
Evento
Transformação Digital na indústria offshore: como Dados,...
20/12/24
Energia Solar
Eneva declara comercialização total de Futura com novo c...
19/12/24
Negócio
PetroReconcavo avança em compra de 50% de infraestrutura...
19/12/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.