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Brasil mostra interesse por tecnologia russa para gás

O Brasil está interessado nas tecnologias russas de liquefação de gás para explorar novas jazidas de gás e petróleo em sua plataforma continental, afirmou ontem o secretário-geral das Relações Exteriores brasileiro, Samuel Pinheiro Guimarães. Em troca dessa tecnologia russa, o Brasil pode

Redação/Agências
22/07/2009 13:29
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O Brasil está interessado nas tecnologias russas de liquefação de gás para explorar novas jazidas de gás e petróleo em sua plataforma continental, afirmou ontem o secretário-geral das Relações Exteriores brasileiro, Samuel Pinheiro Guimarães.

 

"As jazidas foram descobertas a uma profundidade de sete quilômetros, e a 200 quilômetros do litoral, por isso teremos que transformar o gás em líquido com tecnologia russa em plataformas marítimas", disse o diplomata, em declarações divulgadas pela agência russa Interfax.

 

Em troca dessa tecnologia russa, o Brasil pode oferecer modernas tecnologias de extração de petróleo no fundo marinho a grandes profundidades, disse o vice-ministro, após uma reunião da comissão bilateral de cooperação governamental em Moscou.

 

Pinheiro Guimarães lembrou que, durante sua primeira viagem ao Brasil, no ano passado, o presidente russo, Dmitri Medvedev, visitou a sede da Petrobras, onde manteve "conversas consideráveis sobre a cooperação no campo energético".

 

Medvedev também se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 16 de junho, em Moscou, quando falaram dos efeitos da crise global, antes de assistir, em Yekaterimburgo (Urais), à primeira cúpula formal do grupo Bric (Brasil, Rússia, Índia e China).

 

O secretário-geral brasileiro e o vice-ministro de Assuntos Exteriores russo, Andrei Denisov, que são copresidentes da comissão bilateral de cooperação, anunciaram que Lula voltará a visitar a Rússia no primeiro semestre de 2010.

 

Denisov admitiu que o comércio bilateral, que em 2008 chegou a US$ 6,7 bilhões, caiu 40% na primeira metade de 2009 em relação ao primeiro semestre do ano passado.

 

No entanto, expressou a esperança de que, no segundo semestre, os dois países consigam "restabelecer a dinâmica positiva no comércio" e, no futuro, aumentar as trocas para US$ 10 bilhões, como colocaram Lula e Medvedev.

 

Denisov disse que a Câmara de Comércio de Moscou realiza um seminário para os empresários russos dispostos a investir no Brasil, enquanto Pinheiro Guimarães anunciou a abertura em breve na capital russa de um centro brasileiro para impulsionar as exportações.

 

O vice-ministro russo acrescentou que devem abrir seus escritórios no Brasil o consórcio de gás russo Gazprom, a estatal Vnesheconombank e a agência espacial russa Roscosmos.

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