Combustíveis

Brasil já evitou mais de 177 milhões de toneladas de CO2

Etanol representa benefício ambiental.

Unica
13/12/2012 16:48
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Enquanto cientistas da Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciam um novo recorde de concentração de gases de efeito estufa (GEEs) na atmosfera, problema causado principalmente pela queima de combustíveis fósseis no setor de transportes, os motoristas brasileiros, alguns mais do que outros, estão do lado correto desse problema.
Entre março de 2003 e setembro de 2012, o abastecimento de carros flex com etanol hidratado, um combustível renovável, ou com gasolina, que hoje contém 20% de etanol misturado, gerou uma redução pelos consumidores brasileiros de 177.238.070 de toneladas de dióxido de carbono (CO2), um dos mais perigosos gases responsáveis pelo efeito estufa (GEEs) e, como consequência, o aquecimento global.
O total, que comprova o benefício ambiental proporcionado pelo uso do etanol, é calculado pelo “Carbonômetro”, ferramenta desenvolvida em 2008 pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) que estima a quantidade de CO2 que deixou de ser emitida graças ao consumo do combustível renovável por carros flex desde que eles foram introduzidos no mercado brasileiro, em 2003.
O consultor de Emissões e Tecnologia da Unica, Alfred Szwarc, avalia que o resultado apontado pelo “Carbonômetro” demonstra o potencial de redução do etanol, enquanto o mundo discute soluções para combater o aquecimento global, fenômeno causado principalmente pela queima de fontes fósseis de energia. “A redução observada na emissão é expressiva. Em termos comparativos, equivale a 2,6 vezes a emissão gerada por ano pela Austria", compara.
Veículos flex já representam mais de 50% da frota de automóveis leves no Brasil. Para atingir o mesmo total de CO2 que deixou de ser emitido por carros flex desde 2003, de acordo com os dados do “Carbonômetro”, seria preciso plantar e manter ao longo de 20 anos mais de 1,2 bilhão de árvores nativas. A metodologia de cálculo da equivalência em árvores foi desenvolvida pela Organização Não-Governamental SOS Mata Atlântica, e está detalhada no site www.etanolverde.com.br, mantido pela Unica. Na página, o internauta também obtém mais informações sobre a campanha “Etanol, um Combustível Completão,” lançada no início de novembro para reforçar aspectos importantes do etanol como a geração de oito vezes mais empregos do que a indústria do petroleo e a emissão de até 90% menos CO2 em comparação á gasolina.
Estudo OMM
Dados divulgados pela OMM em seu Boletim sobre Gases de Efeito Estufa (WMO Greenhouse Gas Bulletin, em inglês) no dia 20 de novembro, em Genebra, na Suíça, mostram que desde o início da era industrial, em 1750, cerca de 375 bilhões de toneladas de carbono foram liberadas na forma de CO2 na atmosfera. A concentração de CO2 no mundo chegou a 390 partes por milhão (ppm) em 2011, 40% acima da época pré-industrial, quando o índice era de 280ppm. Somente as emissões registradas entre 1991 e 2011 resultaram em um aumento de 30% no efeito do aquecimento climático.
O secretário-geral da OMM, Michel Jarraud, ressalta que a quantidade de poluentes encontrados na atmosfera, onde são registrados aumentos anuais de 2% de CO2 e 4% de gás metano, “permanecerão durante séculos e aquecerão ainda mais o planeta, com repercussões em todos os aspectos de vida na Terra”.
Além do acumulo de poluentes na atmosfera, cientistas da OMM também se mostraram preocupados com a capacidade do planeta armazenar o carbono emitido por atividades humanas. Em quase 263 anos, mares e florestas conseguiram absorver apenas metade do CO2 lançado na Terra. Nos oceanos, a alta concentração de CO2 tem causado a acidificação nos arrecifes de coral, o que tem impactado a cadeia alimentar.
“Há muitas interações adicionais entre gases de efeito estufa, a biosfera da Terra e dos oceanos, e precisamos aumentar a nossa capacidade de monitoramento e do conhecimento científico, a fim de entendê-los melhor”, ressalta Jarraud.

Enquanto cientistas da Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciam um novo recorde de concentração de gases de efeito estufa (GEEs) na atmosfera, problema causado principalmente pela queima de combustíveis fósseis no setor de transportes, os motoristas brasileiros, alguns mais do que outros, estão do lado correto desse problema.


Entre março de 2003 e setembro de 2012, o abastecimento de carros flex com etanol hidratado, um combustível renovável, ou com gasolina, que hoje contém 20% de etanol misturado, gerou uma redução pelos consumidores brasileiros de 177.238.070 de toneladas de dióxido de carbono (CO2), um dos mais perigosos gases responsáveis pelo efeito estufa (GEEs) e, como consequência, o aquecimento global.


O total, que comprova o benefício ambiental proporcionado pelo uso do etanol, é calculado pelo “Carbonômetro”, ferramenta desenvolvida em 2008 pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) que estima a quantidade de CO2 que deixou de ser emitida graças ao consumo do combustível renovável por carros flex desde que eles foram introduzidos no mercado brasileiro, em 2003.


O consultor de Emissões e Tecnologia da Unica, Alfred Szwarc, avalia que o resultado apontado pelo “Carbonômetro” demonstra o potencial de redução do etanol, enquanto o mundo discute soluções para combater o aquecimento global, fenômeno causado principalmente pela queima de fontes fósseis de energia. “A redução observada na emissão é expressiva. Em termos comparativos, equivale a 2,6 vezes a emissão gerada por ano pela Austria", compara.


Veículos flex já representam mais de 50% da frota de automóveis leves no Brasil. Para atingir o mesmo total de CO2 que deixou de ser emitido por carros flex desde 2003, de acordo com os dados do “Carbonômetro”, seria preciso plantar e manter ao longo de 20 anos mais de 1,2 bilhão de árvores nativas. A metodologia de cálculo da equivalência em árvores foi desenvolvida pela Organização Não-Governamental SOS Mata Atlântica, e está detalhada no site www.etanolverde.com.br, mantido pela Unica. Na página, o internauta também obtém mais informações sobre a campanha “Etanol, um Combustível Completão,” lançada no início de novembro para reforçar aspectos importantes do etanol como a geração de oito vezes mais empregos do que a indústria do petroleo e a emissão de até 90% menos CO2 em comparação á gasolina.



Estudo OMM


Dados divulgados pela OMM em seu Boletim sobre Gases de Efeito Estufa (WMO Greenhouse Gas Bulletin, em inglês) no dia 20 de novembro, em Genebra, na Suíça, mostram que desde o início da era industrial, em 1750, cerca de 375 bilhões de toneladas de carbono foram liberadas na forma de CO2 na atmosfera. A concentração de CO2 no mundo chegou a 390 partes por milhão (ppm) em 2011, 40% acima da época pré-industrial, quando o índice era de 280ppm. Somente as emissões registradas entre 1991 e 2011 resultaram em um aumento de 30% no efeito do aquecimento climático.


O secretário-geral da OMM, Michel Jarraud, ressalta que a quantidade de poluentes encontrados na atmosfera, onde são registrados aumentos anuais de 2% de CO2 e 4% de gás metano, “permanecerão durante séculos e aquecerão ainda mais o planeta, com repercussões em todos os aspectos de vida na Terra”.


Além do acumulo de poluentes na atmosfera, cientistas da OMM também se mostraram preocupados com a capacidade do planeta armazenar o carbono emitido por atividades humanas. Em quase 263 anos, mares e florestas conseguiram absorver apenas metade do CO2 lançado na Terra. Nos oceanos, a alta concentração de CO2 tem causado a acidificação nos arrecifes de coral, o que tem impactado a cadeia alimentar.


“Há muitas interações adicionais entre gases de efeito estufa, a biosfera da Terra e dos oceanos, e precisamos aumentar a nossa capacidade de monitoramento e do conhecimento científico, a fim de entendê-los melhor”, ressalta Jarraud.

 

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