Parceria

Brasil e Rússia podem atuar juntos no gás

Valor Econômico
18/10/2004 03:00
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Na onda de ampliação das relações bilaterais entre o Brasil e a Rússia, o setor de energia deve ter papel de destaque. De acordo com Viktor Kristenko, ministro da Indústria e Energia da Rússia, são vários os projetos e parcerias em desenvolvimento entre os dois países. A maioria implica investimento direto no Brasil.
"Pretendemos criar um grupo misto de trabalho entre a Petrobras e a Gazprom, maior produtora de gás do mundo, para elaborar projetos conjuntos na indústria de gás", adiantou Kristenko, em entrevista ao Valor.
O diretor internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, confirma a proposta de parceria e admite a criação de uma joint-venture. Cerveró esteve na Rússia com uma equipe técnica para discutir diversas parcerias, não só com a Gazprom. "Os russos têm experiência na área de construção de gasodutos e oleodutos, o que nos interessa. A vantagem para eles na cooperação é que o Brasil pode ser um pólo para toda a America Latina", disse o diretor da Petrobras, que acredita que durante a visita do presidente russo Vladimir Putin ao Brasil, no dia 22 de novembro, alguns acordos sejam firmados. Os valores ainda não foram fixados.
Outra companhia russa, a Stroitransgaz, prepara-se para participar em projetos no Brasil. O foco é o programa da Petrobras que prevê para os próximos anos o lançamento de 5 ou 6 mil quilômetros de sistemas de oleodutos, estações de compressores e outras estruturas para o setor de petróleo e gás.
Na área petrolífera, a russa Zarubejneft deve participar da elaboração de projetos tecnológicos de exploração de campos petrolíferos, da perfuração de poços de petróleo e de reparação dos existentes. A parceria também deve ser feita com a Petrobras, segundo Cerveró.
As parcerias entre Brasil e Rússia não se restringem, porém, aos seus territórios. O Instituto Hidroproekt, da Rússia, deve participar com as empresas de engenharia brasileiras Energ Power, CR Almeida e EIT nas licitações para o lançamento de grandes obras hidroenergéticas na Índia. Mas Kristenko diz que as ações em terras brasileiras são mais prósperas. "Vamos contribuir para a elevação do rendimento dos lençóis petrolíferos e a intensificação da extração, na cooperação da construção de oleodutos, reservatórios e depósitos, bem como no fornecimento de modernos equipamentos baseados em tecnologias de ponta."
Para o ministro, as conversas com sua colega brasileira, Dilma Rousseff, estão adiantadas em relação aos projetos. Em maio, a ministra teria assinalado que o Brasil está interessado em utilizar a experiência russa em domínios como a extração de hidrocarbonetos, a utilização do gás comprimido e liquefeito, a criação de sistemas de transporte e armazenamento de gás e a produção de turbinas a gás.
Ele também vê "vastas" perspectivas de cooperação bilateral na construção e modernização das centrais elétricas no Brasil . Em breve começarão os trabalhos para a construção da usina hidrelétrica Corumbá-3 composta por dois blocos de 47,8 MW cada, no qual a Silovye Machiny, empresa russa, é responsável pelo fornecimento de turbinas e geradores.
Atualmente, a Silovye Machiny participa de um consórcio russo-brasileiro como fornecedora de equipamentos (turbinas e geradores) em uma série de projetos de usinas hidrelétricas no Brasil que serão licitados.

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