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Brasil e Paraguai estudam desenvolver indústria para energia solar

Convênio de cooperação fo assinado na quarta-feira (7).

Redação
09/11/2012 14:52
Brasil e Paraguai estudam desenvolver indústria para energia solar Imagem: Deposit Photos Visualizações: 803 (0) (0) (0) (0)

 

Um convênio de cooperação técnica, assinado pela Itaipu Binacional, Governo do Estado do Paraná e Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), na quarta-feira (7), em Foz do Iguaçu, vai organizar um estudo para verificar a viabilidade econômica de um projeto industrial integrado de painéis fotovoltaicos no Brasil, no estado do Paraná, e no Paraguai.
O projeto Green Silicon (em português, Silício Verde) envolve a implantação de toda a cadeia produtiva de painéis solares fotovoltaicos, do quartzo - matéria-prima principal - até a produção final de painéis solares. 
O convênio terá vigência de 12 meses, mas o estudo de viabilidade deve ser concluído antes, até maio de 2013.
A assinatura reuniu autoridades representantes das entidades signatárias do convênio, que integra o Governo do Estado do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti); a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep); as Fundações Parque Tecnológico Itaipu (Brasil e Paraguai); o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar); o Fundo Paraná de Desenvolvimento; e o Senai-PR.
Brasil e Paraguai têm vantagens que, em tese, podem torná-los competitivos no mercado mundial de energia solar. Uma delas é dispor de energia abundante, insumo principal desta cadeia produtiva, e gerada por fontes renováveis, especialmente pela hidreletricidade. Outro privilégio é o fato de ambos os países estarem na área mais ensolarada do planeta. Nas Américas, a irradiação solar é 2,5 vezes superior a de países europeus, como Alemanha, uma referência em uso de energia solar.
O Brasil também é o maior exportador de quartzo em pedra, matéria-prima do silício, elemento principal para a produção de painéis fotovoltaicos. Por ano, o país exporta 230 mil toneladas do quartzo, praticamente em estado bruto, e destinados aos países da Ásia - Japão, Coreia e China -, Alemanha e Estados Unidos.
“A ousadia deste projeto é justamente reverter toda esta logística, desenvolver e ocupar a tecnologia aqui na América Latina”, disse o superintendente de Energias Renováveis de Itaipu, Cícero Bley Jr, responsável pela proposta em Itaipu e que apresentou as características dos projetos aos participantes da assinatura do convênio.
“O Brasil é um grande produtor de commodities e podemos mudar essa condição. Temos os elementos da natureza necessários, a produção de energia elétrica, a abundância mineral e a competência para tocar um projeto como este”, disse o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, na cerimônia em Foz do Iguaçu. “Dependerá de nós o convencimento do setor industrial sobre essas potencialidades”, completou.
O desafio é saber se essas vantagens serão suficientes para estabelecer o projeto Green Silicon como uma indústria eficiente. Por isso, entre os enfoques do estudo está uma minuciosa avaliação do mercado mundial de processos industriais fabricantes de painéis fotovoltaicos, além da avaliação de todos os estágios da cadeia do silício prevista no projeto.
Atualmente, a China é a líder deste mercado, mas sua produção é feita a partir de energia suja (carvão e óleo). Sendo as principais jazidas do mundo no Brasil, o custo aqui seria, a princípio, menor do que o do país asiático.
Se concretizado, o Projeto Silício Verde também será útil à agroenergia e aos pequenos blocos. “Queremos justamente promover a descentralização da energia, um processo casa a casa. Isso é possível com os painéis fotovoltaicos”, disse Cícero Bley Júnior.
“Caso o estudo conclua que podemos tocar o projeto e produzir em grande quantidade e mais barato, isso permitirá nos colocar em outro patamar do contexto mundial”, disse diretor da Unidade Gestora do Fundo Paraná, Gerson Luiz Koch.
Antes mesmo do estudo pronto, o projeto já vem atraindo atenção externa. O estado de Baden-Württemberg, da Alemanha, manifestou interesse na participação no Green Silicon.

Um convênio de cooperação técnica, assinado pela Itaipu Binacional, Governo do Estado do Paraná e Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), na quarta-feira (7), em Foz do Iguaçu, vai organizar um estudo para verificar a viabilidade econômica de um projeto industrial integrado de painéis fotovoltaicos no Brasil, no estado do Paraná, e no Paraguai.


O projeto Green Silicon (em português, Silício Verde) envolve a implantação de toda a cadeia produtiva de painéis solares fotovoltaicos, do quartzo - matéria-prima principal - até a produção final de painéis solares. O convênio terá vigência de 12 meses, mas o estudo de viabilidade deve ser concluído antes, até maio de 2013.



A assinatura reuniu autoridades representantes das entidades signatárias do convênio, que integra o Governo do Estado do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti); a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep); as Fundações Parque Tecnológico Itaipu (Brasil e Paraguai); o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar); o Fundo Paraná de Desenvolvimento; e o Senai-PR.


Brasil e Paraguai têm vantagens que, em tese, podem torná-los competitivos no mercado mundial de energia solar. Uma delas é dispor de energia abundante, insumo principal desta cadeia produtiva, e gerada por fontes renováveis, especialmente pela hidreletricidade. Outro privilégio é o fato de ambos os países estarem na área mais ensolarada do planeta. Nas Américas, a irradiação solar é 2,5 vezes superior a de países europeus, como Alemanha, uma referência em uso de energia solar.


O Brasil também é o maior exportador de quartzo em pedra, matéria-prima do silício, elemento principal para a produção de painéis fotovoltaicos. Por ano, o país exporta 230 mil toneladas do quartzo, praticamente em estado bruto, e destinados aos países da Ásia - Japão, Coreia e China -, Alemanha e Estados Unidos.


“A ousadia deste projeto é justamente reverter toda esta logística, desenvolver e ocupar a tecnologia aqui na América Latina”, disse o superintendente de Energias Renováveis de Itaipu, Cícero Bley Jr, responsável pela proposta em Itaipu e que apresentou as características dos projetos aos participantes da assinatura do convênio.


“O Brasil é um grande produtor de commodities e podemos mudar essa condição. Temos os elementos da natureza necessários, a produção de energia elétrica, a abundância mineral e a competência para tocar um projeto como este”, disse o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, na cerimônia em Foz do Iguaçu. “Dependerá de nós o convencimento do setor industrial sobre essas potencialidades”, completou.


O desafio é saber se essas vantagens serão suficientes para estabelecer o projeto Green Silicon como uma indústria eficiente. Por isso, entre os enfoques do estudo está uma minuciosa avaliação do mercado mundial de processos industriais fabricantes de painéis fotovoltaicos, além da avaliação de todos os estágios da cadeia do silício prevista no projeto.


Atualmente, a China é a líder deste mercado, mas sua produção é feita a partir de energia suja (carvão e óleo). Sendo as principais jazidas do mundo no Brasil, o custo aqui seria, a princípio, menor do que o do país asiático.


Se concretizado, o Projeto Silício Verde também será útil à agroenergia e aos pequenos blocos. “Queremos justamente promover a descentralização da energia, um processo casa a casa. Isso é possível com os painéis fotovoltaicos”, disse Cícero Bley Júnior.


“Caso o estudo conclua que podemos tocar o projeto e produzir em grande quantidade e mais barato, isso permitirá nos colocar em outro patamar do contexto mundial”, disse diretor da Unidade Gestora do Fundo Paraná, Gerson Luiz Koch.


Antes mesmo do estudo pronto, o projeto já vem atraindo atenção externa. O estado de Baden-Württemberg, da Alemanha, manifestou interesse na participação no Green Silicon.

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